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terça-feira, 23 de agosto de 2011

...Renovação...

“Hoje venho temporariamente me despedir. Relembrando da minha trajetória pela net, criei meu primeiro blog no dia 01/07/2008. Posteriormente veio o segundo no dia 29/12/2008. Depois de um bom tempo criei o terceiro, no dia 22/01/2010. Todos estes com domínio da rede do Google. Ao haver a necessidade de atualizar o domínio do meu MSN para o Wordpreess, criei no dia 14/10/2010 o quarto blog com domínio da rede Windows Live Hotmail. Para completar criei o quinto no dia 20/03/2011 e depois de algumas modificações nestes dois ultimos, também criei o sexto no dia 27/03/2011. Espero que minhas publicações tenham alguma serventia por esse mundão afora (já que nada é em vão ou por acaso), seja para divertir, distrair, aconselhar ou como fonte de pesquisa. Eu creio que cumpri com meus propósitos principais de 1. dividir minhas idéias; 2. satisfazer minha necessidade de registrar a vida através da expressão gráfica; e 3. mostrar meu amor com a escrita. Também cumpri com meus objetivos sequenciais de 1. buscar estar de bem com a vida; 2. ser desinibida e segura tanto na vida quanto na arte de escritora; 3. ser autêntica e espontânea, mesmo que um tanto reservada, introvertida e oportunista; 4. me fortalecer e amadurecer compreendendo, aceitando e superando as minhas limitações e vunerabilidades, algo provindo da análise de mim mesma em terceira pessoa e com segundas intencões dentro do meu mundo onírico incosnciente; 5. alimentar e dar vida a fantasia transbordante que reina em meu ser e alegra o meu interior; e 6. levar ao mundo todo o meu carisma, charme e luz pessoal, pois é isso que me popularizou dando-me fama e credibilidade no mundo artístico. Obrigada a todos os leitores amigos... Tenha todos a liberdade de achar o que quiser de mim. É isso aí... Saldades, por enquanto, e muita luz divina sobre cada coração! Obs.: Futuramente, a partir do meu próximo aniversário, donde farei vinte e sete anos, continuarei minhas postagens num novo blog: www.comandointerno.wordpress.com. Até lá!”

domingo, 14 de agosto de 2011

Nossa vida nos sonhos...

Os sonhos são importantes pelo fato de que o subconsciente se desbloqueia de tudo aquilo que fica reprimido durante o dia. Somos mais livres no sonho exatamente por não exercer controle sobre ele, embora seja possível, numa etapa mais avançada de evolução, conduzi-los ao desfecho pretendido. Antes de adormecer podemos tencionar não só registrar os sonhos no cérebro físico como também abrir-nos a sua compreensão. Isso é conseguido com aspiração sincera e pura. Cada sonho é único de acordo com cada pessoa, daí ser inútil ater-se a significados pré-estabelecidos. Apenas nós mesmos temos acesso ao sentido verdadeiro de nossos sonhos. Além disso, os sonhos equilibram nossa vida consciente, seja influenciando o mundo interno, psicológico ou propriamente o subconsciente. Outro motivo de importância dos sonhos está no fato dele nos coligar com nossa supraconsciência, a parte mais elevada de nosso ser. Além do mais, os sonhos nos mostram que as barreiras e limitações são ilusórias, podendo ser ultrapassadas de acordo com a vibração energética. Isso sem falar nas mensagens que por vezes surgem marcando-nos profundamente, mensagens essas que podem ser divididas em uma série de sonhos. Acompanhar os sonhos deve ser como ler um livro e dar conexão entre os capítulos. Se interpretarmos um sonho simbólico em termos racionais, dificilmente chegaremos a alguma conclusão correta. Um símbolo é capaz de apresentar muitos sentidos. É preciso não se preocupar com a lógica. Devemos ficar imparciais para deixar que o símbolo se transforme num concentrado de energias a nos transformar por dentro. Basta nos relaxarmos no simbolismo para captar essa energia que vem da alma. Quando não entendemos um sonho, basta-nos apenas se posicionar diante dele. Quanto mais abstrato e incompreensível for o simbolismo visto ou sonhado, mais profundo o nível de onde proveio. Cada vez que o recordamos e que pensamos nele com gratidão e afeto, somos energizados e nos coligamos com a sua origem. Nossa essência está sendo representada pelo símbolo e, por isso, somos colocados em contato com ela, na proporção em que isso pode ser feito na atual fase da nossa evolução terrena, sempre que a mente se volta para essa representação. Não devemos forçar a recordação dos sonhos.
Existem três pontos aos quais geralmente estamos presos: a ilusão mental do tempo e espaço, a consciência de ser um ego pessoal e os condicionamentos sobre a sexualidade. Essas limitações, das quais não estamos livres nem durante a vida de vigília nem durante os sonhos, não existem no sono profundo. Desejos, seja desta vida ou de outras, também podem manifestar-se em sonhos ambientados ou não na vida atual. Os sonhos nos ajudam a libertarmos de nossas limitações, desejos circunscritos aos níveis humanos e leva-nos a aspiração superior, ao cumprimento da vontade da nossa alma. Qualquer sonho, seja de nível anímico ou dos níveis da personalidade, é de valor. A ansiedade e a expectativa diante dos sonhos bloqueiam-nos naturalmente. Quando não se relaxa o corpo emocional antes do inicio do sono, ele fica em contato com os corpos emocionais coligados ou, então, colhe sentimentos, impressões e sensações que experimentou durante o dia. Devido à sua capacidade de dramatizar, cria ele toda uma historia com o material colhido, historia essa que o cérebro registra e apresenta como se fosse um sonho autêntico. É preciso desligar o cérebro dos fatos ocorridos durante o dia. O desenrolar dos acontecimentos nos níveis internos durante o sono do corpo físico escapa do nosso controle, a não ser no caso de sonhos produzidos por desejos, o qual pode ser dirigido quando bem treinados.
A insônia pode ser (de modo geral) causada pelo medo das revelações que os sonhos podem nos trazer. É uma defesa infantil da personalidade. Se alguém já nasce com tendência para a insônia, é porque, em alguma encarnação anterior, não quis saber a verdade sobre si mesmo, por mais que esta procurasse revelar-se. A solução para a insônia é a decisão de aceitar a verdade, sem nenhum temor. Uma insônia esporádica, todavia, pode ser resolvida de maneira diferente: basta não insistirmos em dormir e procurar fazer algo prático e útil. Remédios para dormir podem agravar a situação, porque entorpecem o mecanismo cerebral. Quem tem dificuldade para dormir pode criar, com a força do pensamento, uma capa protetora na matéria sutil dos outros níveis, e assim afastar as influências externas durante o sono. Esse revestimento, construído com a imaginação, impede-as de penetrar na aura do próprio ser.
Tornando-nos espectadores de nós mesmos, conseguimos tomar certas atitudes em meio a um pesadelo e até invocar uma força superior. Esta, ao chegar ao plano astral (nível onde os pesadelos se dão), dissolve tudo de imediato. Pessoalmente já tive essa experiência diante de alguns pesadelos donde me colocava a rezar. O livro indica que podemos fazer o sinal da cruz como uma maneira de afastar-se de um pesadelo. Entretanto, o importante é eliminar da vida a tendência a possessividade, a agressividade e o egoísmo. Os sonhos mostram-nos que a vida da alma, a reencarnação e a atividade noturna (em corpos sutis) são reais. Acontecimentos maléficos nos sonhos podem ter resultados positivos para a vida humana, desde que haja discernimento. O lado direito nos sonhos revela algo positivo ou um sim, enquanto o esquerdo está associado às implicações negativas e responde com um não. Cada mente superior tem seu método de estabelecer contato com seu eu consciente. Quando a mensagem é incompreensível para a mente normal, significa que a compreensão ou a síntese aconteceram em outro nível. A identidade externa, o eu pessoal, é a mais efêmera e mutável. Perde-se consciência dela assim que o corpo adormece. Se não acordássemos de novo, viveríamos sem ela. Nos sonhos, ou no sono profundo, é como se jamais tivesse existido. Por conseguinte, podemos ser mais fiéis ao nosso ser profundo. Se estamos realmente interessados em tomar consciência do mundo onírico, as energias superiores, que são onipotentes, nos dão a clareza e os meios necessários para tal, em todos os níveis. No centro do nosso ser há uma energia criativa poderosa e parte dela fica evidente na vida onírica.
Sendo a vida uma totalidade, não há situação alheia que não nos diga respeito, e tampouco há ato nosso, físico, emociona ou mental, que não reflita positiva ou negativamente sobre os demais. Esse é o ponto de vista da alma, universal. Se estivermos receptivos para ele, aprenderemos a ser mais abrangentes e compassivos. Há, pois, necessidade de não nos deixarmos levar por nenhuma aparência, por mais evidente que possa parecer à mente comum, para ficarmos receptivos à mensagem advinda de níveis onde a perfeição é uma realidade em todos nós. Na busca do esclarecimento, podemos usar dois processos segundo o que for de menor resistência para nós. No primeiro, perguntamos ao mundo interior sobre o que estejamos precisando saber; no segundo, simplesmente abrimo-nos à sua orientação, sem nada perguntar. O eu superior põe o ego constantemente à prova, no intuito de torná-lo ágil e apurado, apto para uma vida mais ampla. O sonho premonitório carrega, misturados, elementos emocionais, sentimentos, sensações e sofrimentos. Origina-se geralmente do nível astral, onde os acontecimentos se dão antes de se materializar no plano físico. O sonho profético tem origem num nível mais alto, interessando à vida da alma e não propriamente à da personalidade. O primeiro pode deixar dúvidas quanto à sua veracidade e assustar, mas o segundo é indubitável: quem sonha tem a impressão de estar vivendo uma experiência que, na verdade, só ocorreria depois, trazendo consigo coragem e disposição para se enfrentar qualquer situação anunciada como provável ou certa. Por tudo isso é que anoto meus sonhos e acredito sem ansiedade na capacidade deles de me ajudarem em todos os sentidos.



fonte:
TRIGUEIRINHO NETTO, José. Nossa vida nos sonhos. 16ª Ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1987.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sonho com hotel árabe...

Eu estava num país árabe conhecendo um hotel que fora feito com tecnologias especiais contra terremotos. Mostraram-me um quarto branco acolchoado, vazio e bem pequeno (do tamanho de um elevador). Enquanto me falavam sobre a tecnologia em si, fui sentindo agonia de imaginar-me tendo que dormir naquele cubículo. Depois disso me levaram para outro quarto, mas este era em verdade um andar de apartamento. Não pude compreender direito a diferença de preço entre ambos porque não conhecia a moeda deles, mas ficou claro que era uma diferença exorbitante. Eles se comunicavam comigo falando castelhano e eu conseguia dialogar-me com facilidade. Só não entendi a fala de uma senhora cujo castelhano era muito enrolado. Ela repetiu a mesma frase para mim três vezes e ainda assim não defini suas palavras. O quarto de casal possuía quatro banheiras juntas (achei estranho isso) separadas apenas com cortinas. Acima das banheiras era tudo de vidro de modo que era possível tomar banho vendo a piscina esverdeada lá embaixo na área de lazer do prédio. Observei atentamente os demais ambientes. Havia uma sala pequena de reunião, uma sala maior bastante ampla, copa e uma cozinha cujo fogo de lenha estava acesso. Sobre a bancada do fogão havia um cesta repleta de pães cobertos de sementes de trigo e gergelim. Quem ali se hospedasse teria pão com fartura para se alimentar. Depois disso fui conhecer a parte externa e deparei-me com uma sala donde havia recreação para as crianças. Eram homens quem estavam dando recreação com dança, jogos de adivinhação, brincadeiras de equilibrista, conto de histórias e piadas, dentre outras diversões. Achei tudo muito legal e comentei que adoraria ficar hospedada ali pelo menos uma semana para vivenciar aquela cultura tão diferente.
O quarto branco pode simbolizar uma espécie de limpeza interior.A tecnologia contra terremotos indica uma força interior preparada para enfrentar abalos de grandes proporções. Hotel é um local de acolhimento, e no sonho essa acolhida vai além do que eu supunha, contendo até mesmo uma cozinha com fogo (calor) e pães (alimento da alma). Mas ainda me resta compreender um detalhe que não sai da minha cabeça: o que significam as banheiras? Vou meditar acerca disso.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Enterrando os mortos...


Quase não dormi essa noite, pois minha cabeça sem querer acabou ficando cheia com as coisas que Dona Luzia me disse. Assim pouco dormindo, sonhei que estava numa casa no meio de uma floresta e um enorme tornado passou pela casa. Embora tenha quebrado o vidro das janelas, não abalou em nada a estrutura da construção e tanto eu quanto mamãe sobrevivemos ao horror. Sentir-me no centro de um tornado não foi nada agradável. Depois disso eu estava vendo enterrarem uma pessoa que acabara de ser velada. E foi o prazo de fazer o enterro e apareceu outra jovem num caixão para ser enterrada. Eu observei o rosto dela para ver se não houvera ficado deformado e notei que a mesma era uma desconhecida. Minha irmã, enquanto cavava o buraco para enterrar (fato estranho), comentou que pelo menos aquela não estava com odor desagradável. As várias outras pessoas que estavam ao redor começaram a tecer comentários também e acordei sem entender nada.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sonho com misterioso trauma do passado...


Estava caindo quando encontrei-me dentro da água. Estava afogando quando recobrei os sentidos e percebi estar numa piscina. Fui até a outra margem donde havia uma mulher e um menino. Eu segurava uma bola com a qual por certo devia estar brincando com esse menino. Disse que havia me dado um branco e perguntei o que eu era deles. A mulher informou-me que o menino era meu irmão, o qual era muito apegado comigo e chamava-se Tiago. Perguntei se ela era nossa mãe e ela respondeu que ela era minha mãe, mas não era mãe do Tiago, o qual estava conosco por culpa (influência) minha. Disse-lhe que eu não estava mais naquela encarnação, que eu estava num tempo muito afrente daquele, mas que algo ali acontecera e eu precisava recordar o que era, pois tal fato estava me impedindo de ter uma vida plena na minha vivência do presente, a qual acontecia num futuro bem a frente. Era como se eu houvesse voltado ao passado para entender ou sanar algum fato trágico. Ou melhor, era como se eu estivesse tanto no passado quanto num presente que, perante o passado, não passava dAdicionar imageme um futuro desconhecido. A mulher pareceu aceitar minha explicação mesmo sem entender como eu podia ter saído do futuro, mas parecia não estar disposta a falar sobre o que eu pretendia. Eu tinha claramente a sensação de que precisava saber de algo de tal vida passada. Acordei antes da mulher comunicar-me qualquer coisa. Tal sonho me fez pensar que a única diferença entre o tempo e as gerações são os acontecimentos que nos marcam, nos fortalecem ou nos fragilizam. Nunca gostei de pensar no passado, pois nele as boas lembranças causam saudade, enquanto as ruins causam tristeza. Por outro lado pensar no futuro causa medo. Dai a busca de controlar a mente ao máximo para não sair do presente. Mas com um sonho desse cabe uma interrogação: existe algo do meu passado longínquo que me sufoca e atrapalha minha vivência atual? Tenho quase certeza de que a resposta é sim, pois tudo o que vivemos hoje é consequência do ontem, mas o que terei eu vivido de tão traumático quanto pareceu ser no sonho? Vejamos os próximos sonhos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Oito mortos...


Acabei de acordar de um sonho muito estranho e desagradável. Uma colega havia me ligado e perguntado se podia vir me visitar. Respondi que sim e ela veio, mas trouxe consigo um jovem e outras duas colegas. Ficamos a conversar na área do sobrado durante um bom tempo. O jovem me mostrou seu computador de ultima tecnologia que era muito leve e emborrachado, podendo ser enrolado para ser carregado na bolsa sem ocupar quase nada de espaço. Perguntei o preço e custava certa de três a quatro vezes mais caro do que um computador portátil normal. Continuamos a conversar. Algum tempo depois resolveram de ir embora. O jovem saiu na frente, pois ia para casa caminhando. Esperei por essa colega. Perguntei por que motivo ela resolvera me visitar e ela não deu uma explicação clara. Eu não sabia por que ela estava buscando aproximar-se de mim e ser minha amiga. Perguntei onde ela morava na intenção de lhe devolver a visita. Ela disse ser no bairro Santa Maria e então comentei que não era longe. As outras duas jovens confirmaram que ficava perto. Essa colega tirou seu carro da garagem aqui de casa e assim foram embora. Nisso chegou uma pedinte carregando um carrinho de sucatas catadas na rua. Vi mamãe dando-lhe uma sacola de roupas usadas e apoiei o fato na maior naturalidade. Logo em seguida apareceu outra colega que me abraçou e comentou no meu ouvido que a vida de casada não era tão fácil e maravilhosa quanto todas as solteiras pensam. Como não ia perguntar de cara se ela e o marido andavam brigando, perguntei se era por ter muitas novidades e ser intensa como uma novela ou se era por ficar monótona e sem graça demais. Ela respondeu a primeira opção.
Sem entender direito o que de fato se passava com ela, ia fazer-lhe mais perguntas quando chegou uma caminhonete com cinco corpos cobertos na carroceria. Em seguida veio uns homens carregando uma carroça com mais três corpos. Ao todo eram oito jovens (todos do sexo masculino) que haviam morrido e, sem mais nem menor, começaram a ser velados na porta da minha casa. Eu conhecia os jovens da igreja e fiquei chocada com o fato. Mesmo não sendo amiga deles, lidar com aquelas mortes não era nada fácil. Parentes chorando e amigos entristecidos começaram a acender velas bem na entrada do portão da minha casa. Minha irmã pareceu se irritar com isso e começou a criar briga quando eu e mamãe a trouxemos para dentro de casa. Ainda notando-a irritada, perguntei qual era a dela. Ela respondeu: “primeiro uma colega liga perguntando se pode vir visitar e depois trás consigo um grupo, agora essa multidão aí na porta”. Ela falou aquilo como como se o fato de estarem fazendo aquele velório na porta de casa fosse culpa minha, era como se eu soubesse dos detalhes de tudo desde o princípio sem ter-lhe contado nada. Respondi (num mesmo tom de autoritarismo) que existiam propósitos divinos inexplicáveis por trás dos fatos e que não cabia a ela julgar, gostar ou desaprovar. Mamãe me apoiou dizendo que eu estava tirando as palavras de sua boca. Continuei minha fala dizendo que ela estava sendo individualista e egoísta com o sofrimento das outras pessoas. Eu não sabia daquelas mortes e nem poderia ter imaginado que ocorreria, por um motivo não explícito, um velória na porta de casa, mas eu sentia muito pesar e tristeza pelo mesmo a ponto de respeitar a dor alheia sem interditar os fatos. Não era momento de confusão, mas de acolhida. Minha irmã um tanto insensível foi dormir dizendo que tínhamos de acordar cedo no dia seguinte. Enquanto isso fui vestir uma roupa mais sóbria para continuar no velório e tentar consolar os choros. Acordei chocada.
Inicialmente o número oito se destaca nesse sonho. Acreditava que estava perto de cumprir e terminar oito fases ou ciclos psíquicos de minha vida. Os vinte e seis anos (notando que a soma de dois e seis são oito) chegaria ao fim em breve quando completasse vinte e sete anos. O sonho me mostra que as oito etapas chegaram ao fim antes mesmo do meu aniversário. Coincidência ou não também é o fato de ter tido esse sonho numa madrugada de um dia oito. Estou num momento transitório de ciclo que se fecha para abertura de outro. Vale verificar que isso foi dividido em duas fases: uma de cinco, mais outra de três. Cinco é o número da mudança e da aventura. A atividade e a curiosidade constantes produzem uma entidade inventiva, adaptável e versátil, sempre disposta a aproveitar as oportunidades. O três significa a necessidade de comunicar e se submerge na pura alegria de viver. A carta oito do tarô, que saiu na leitura, é a carta da justiça, inclui provas, sofrimento e dor, bem como exige muita paciência. Esse é o meu momento de agora, independente do ciclo em si. O sonho expressa positivamente o amor, o idealismo, a conciliação e a harmonia através da carta coração. Agora me resta saber o que significa no contexto desse sonho a carta do valete de ouros. Ele busca segurança e estabilidade, apesar da pouca idade ou de ainda não ser tão maduro. É cauteloso, dá um passo de cada vez e preza muito o planejamento das coisas. Mas o fato de precisar de segurança aliado à sua imaturidade, pode fazer com que seja um tanto egoísta e por isso leve em consideração apenas suas próprias vontades. Talvez ele seja o reflexo projetivo da minha irmã interna. Ela ou ele é uma parte de mim que carrega um lado confiável, mas cheio de especulação e que ainda tem muito para aprender, seja nas amizades, no uso da tecnologia, no relacionamento conjugal e, principalmente, diante da morte que tanto assusta e apavora. Preciso unir os “cinco” aos “três”, enterrar os “oito” e partir para a vivência do “nove” com maior segurança e integridade.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pulando corda!


Agora dei para pular corda. Pulo com as duas pernas, com cada uma de uma vez (perna esticada para frente e depois perna dobrada para trás), alternando entre ambas, abrindo e fechando as pernas, enfim, de tipos variados. O mais complicado é cruzar a corda, mas depois que pega-se o ritmo é muito divertido! Pulo batendo a corda para frente e depois para trás. Além de soar muito é cansativo e dá uma dor básica na musculatura da panturrilha nos primeiros dias. Pelo que pesquisei, pular corta é tão eficaz quanto correr, mas ainda não encontrei nada mais agradável do que a minha corridinha de cinco quilômetros do parque. Dia ou outro faço minha musculação caseira com abdominal, levantamento de peso, dança (uma dança do ventre e um sambinha sempre cai bem), dentre outros vários exercícios. É ótimo ter diversão garantida e saudável dentro de casa!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sonho de mãe ameaçadora...


Agora são quatro horas da madrugada e acabei de acordar de um pesadelo. Eu calcei uma sandália indicada pela minha mãe, notei que a mesma estava rebentada, mas não me importei e saí com ela. Comecei a voar e chamei-a para voar também, mas ela disse estar muito cansada e preferiu seguir andando. Achei estranho, pois andar ela muito mais cansativo do que voar. Eu voei alto (bem acima dos fios de eletricidade) e a vista era bela, pois a cidade estava toda florida. Num determinado momento eu comecei a cair até que aterrizei. Tentei voar novamente e não conseguia. Havia alguma coisa errada e, quando olhei para trás já sentindo algo estranho, minha mãe com arma em punho anunciou que ia me matar. Estava uns cinco metros de distância dela quando, tentando me proteger, puxei uma jovem que nem se importou (ela não teve reação) de ficar na minha frente. Se o alvo era eu ela não mataria uma estranha qualquer – foi o que pensei na hora – não acreditava que ela fosse capaz de cometer uma chacina. Minha atitude pareceu surtir efeito e mamãe jogou a arma no chão. Vi que as pessoas atrás dela faziam venha de segurá-la. Só gritei: “Segurem ela aí, pois ela ficou louca” e saí correndo desesperada. Nesse momento eu estava num local com vários cômodos, como se fosse um hotel. Entrei num dos quartos e fui para o banheiro, que era o ultimo cômodo, na intenção de fugir pela janela. Voltei para fechar a porta. Não havia chave, mas mesmo sem poder trancar, o simples fato de fechá-la não daria pistas de que eu houvera entrado ali. Comecei a abrir as janelas e constatar que eu estava presa por causa das grades. Muito desesperada fui acordando aos poucos. Realmente um sonho desse parece muito difícil de ser interpretado. O que aconteceu com minha mãe interna? Por que ela queria me matar e por que não insistiu nisso? Se meu instinto de fuga não fosse tão grande eu poderia ter conversado com ela, mas o medo foi imenso e corri desesperada torcendo para que ela nunca mais me encontrasse.
O tarô me disse que existem conflitos espirituais donde existe muito senso de justiça. Talvez eu me culpe ou me puna por algo não definido. Na busca de me sentir realizada eu ainda estou me tratando com uma severidade ostensiva, implacável e obsessiva. Segundo as cartas, sinto-me responsável de mais pelo meu crescimento interior e sou uma ameaça para mim mesma em busca disso. A base dos cuidados e proteção acaba se tornando uma base de perigo. O sonho também indica um contraste entre o voo livre da vida espiritual e a prisão da vida física material. Resumindo, o meu eu justiceiro, minha sombra, além de não me deixar ser livre, ainda me ameaça demonstrando sua insatisfação reprimida, mas, não obstante, ela pareceu-me incapaz de atirar para matar. Supostamente ela queria apenas me assustar com alguma de suas justas razões. De momento é essa a mensagem do sonho.

sábado, 30 de abril de 2011

Como escrever uma história:

Parte I: No início de sua história, você começa descrevendo o personagem em seu mundo comum, na sua vida cotidiana. O Gancho é algo que aparece no início da obra e faz a história se mover (sempre mova a história) e prende o leitor a continuar assistindo ou lendo. O personagem deve ter sempre um objetivo na história. E o que o faz inicialmente ir atrás desse objetivo é um Incidente. O Incidente é evento que faz o personagem principal reagir e ir atrás de seus desejos. Quando os leitores/espectadores souberem quem é o personagem principal, onde ele está, o que ele quer e contra quais obstáculos ele irá lutar, será o momento de transição para a Parte II. O ideal é agora não haver chance de retorno do protagonista para sua antiga vida, ou seja, uma linha divisória foi cruzada. É comum esse Ponto de Transição vir acompanhado de uma cena ou imagem impactante.
Parte II: O escritor deve começar a intensificar e desenvolver os obstáculos enfrentados pelo protagonista. Deixe-o com muitos problemas. Você deve tentar convencer a audiência de que o personagem principal está em apuros e não vai conseguir o seu objetivo. Escreva cenas que estiquem a tensão, aumente o que está em disputa e mantenha os leitores/espectadores preocupados. Os Subenredos mostram outros lados da vida do protagonista, e também são utilizados para construir maior credibilidade para o mundo ficcional retratado pelo autor, dando uma dimensão de variedade e às vezes desvinculando um pouco a história do seu objetivo principal, fornecendo fôlego para a audiência. Novamente, o Ponto de Transição pode ser marcado com uma cena ou imagem impactante (impacto visual destacado). É bom salientarmos que o enredo pode ter inúmeros Pontos de Transição, ou seja, pontos de mudança na história. Porém, de todos esses pontos, o ideal é apenas dois terem grande destaque.
Parte III: O protagonista começa a decidir o seu principal problema. É sempre interessante fazer uma cena final de confronto, chamada de Clímax. Deve ser algo grandioso para o personagem, o momento de definição. A luta contra um inimigo mortal ou a simples resposta da pessoa amada. O Clímax deve ser recheado de suspense e tensões. Nunca deixe a audiência na dúvida sobre exatamente como ou porque algo aconteceu (a não ser que seja sua intenção).
Esquema:
Personagem Principal
- Personagens Secundários
- Objetivo do Personagem Principal
- Objetivo de cada Personagem Secundário
- Oposição ao Personagem Principal
- Qual o seu Tema (Moral) ?

Arquétipos para uma história...


Acabei de ler um resumo do livro 45 Masters Charactersi. Um dos processos mais comuns de criação de personagens está relacionado a utilização de arquétipos pelo autor. Basicamente, os arquétipos na escrita são modelos iniciais, contendo características básicas essenciais que formam o rascunho de uma determinada personalidade e que servem de ponto de partida para a elaboração de personagens. A utilização de arquétipos para estudar o homem vem desde Platão, o primeiro a utilizar o termo, e ganhou grande força com os estudos do psicólogo Carl Jung, que defendia a ideia do inconsciente coletivo na humanidade, ou seja, que os homens de diferentes sociedades possuem características comuns mesmo nunca estando em contato uns com os outros. Jung diz que todo ser humano tem cinco arquétipos principais (A Sombra, A Anima, O Animus, A Persona, O Eu) que se combinam formando seu caráter. Muitos teóricos, não só da narrativa, mas também da sociologia e antropologia, vão avançar os estudos dos arquétipos, buscando cada um a seu modo, definir quais seriam as "personalidades padrão" de todo homem.
Abaixo, descreverei de maneira breve os principais arquétipos definidos por Vyctoria Lynn Schmidt em seu livro. São 8 arquétipos masculinos e 8 femininos, cada um com seu "lado negro", totalizando os 32. Deixei de fora os arquétipos secundários, pois eles são apenas derivados dos arquétipos principais. É um dos melhores estudos sobre o assunto. É bom notarmos que utilizar um arquétipo de "lado negro" na escrita de um livro e obter a simpatia da audiência é uma tarefa complicada, mas que se for bem sucedida trará bons frutos para a obra. Nem todos os escritores são favoráveis a utilização de arquétipos. Um dos principais problemas na utilização desse sistema é o autor criar personagens estereotipados, ou seja, caricatos, simples, sem complexidades. Logo, um personagem realista geralmente é baseado em mais de um arquétipo, se tornando mais complexo. Devemos sempre lembrar que não há nenhuma regra rígida e que podemos criar um personagem masculino usando apenas os arquétipos femininos. Os arquétipos também são totalmente abertos a interpretações e depois do personagem pronto pode ficar difícil determinarmos o arquétipo dele! Na verdade, a minha opinião é a de que devemos estudar e praticar bastante o assunto para o processo de criação se tornar cada vez mais natural e intuitivo, sem depender de listas e classificações.
PRINCIPAIS ARQUÉTIPOS MASCULINOS:
1. O Homem de Negócios: O homem de negócios é aquele que é viciado em trabalho, vendo o sucesso como prioridade em detrimento de amizades. Geralmente é racional, utilizando constantemente a lógica, tendo necessidade de ver tudo organizado. Como passa mais tempo na sua vida profissional do que familiar, não dá um bom marido ou pai. Usa regras e ordens para evitar seus sentimentos. É o arquétipo clássico do detetive.
2. O Traidor (lado negro do Homem de Negócios): Quando o Homem de Negócios cruza os limites e passa a ter sede de poder. Só enxerga o trabalho, gosta de humilhar e manipular as pessoas, vendo-as como simples peças em um tabuleiro. Muitas vezes acredita estar fazendo o certo.
3. O Protetor: É aquele que busca proteger todos que estão em sua volta, e que deseja viver em uma redoma protegida. Pode explodir a qualquer momento e vive mais de acordo com seu corpo do que sua cabeça. Procura fazer as mulheres se sentirem especiais.
4. O Gladiador (lado negro do Protetor): É aquele que não sente prazer em proteger, mas sim em destruir, tendo ganância e desejo de sangue. Possui um comportamento altamente impulsivo e imprevisível, não se importando com nada ao seu redor. A vida pode se assemelhar a um jogo.
5. O Recluso: É o arquétipo de quem gosta de ficar sozinho, não se sentindo a vontade na presença de muitas pessoas. Pode ter uma vida interior privilegiada e um espírito criativo, que utilizado de forma exagerada leva o personagem a se perder em suas próprias fantasias. Passa horas lendo, estudando e analisando idéias, tendo como motivação o conhecimento. Seus relacionamentos geralmente são direcionados pela mulher, líder da relação.
6. O Bruxo (lado negro do Recluso): Busca o conhecimento para fazer o mal aos outros e ao ambiente, sendo altamente egoísta. O extremo do solitário, buscando evitar pessoas.
7 . O Tolo: É um homem que por dentro ainda é um menino, tendo um ótimo relacionamento com crianças pois possuem várias semelhanças. Ama piadas, e faz amigos por onde passa. Muitas vezes age com inconsequência, pois está sempre buscando viver o agora, sendo um espírito livre. Adora ser o centro das atenções.
8. O Abandonado (Lado negro do Tolo): É o mendigo, vagabundo ou ladrão que fica nas ruas. Geralmente é o homem da lábia que convence e manipula. Se os seus pais forem de uma condição social elevada isso pode ser um grave problema, pois se torna arrogante e acha que está acima da lei.
9. O Homem das Mulheres: Ama as mulheres e qualquer coisa relacionada a elas. Possui fortes amizades femininas e enxerga a mulher como igual ou superior, vendo extrema beleza em todas elas. Muitas vezes não se dá bem com homens mas não liga pra isso. Pode ser afeminado ou não.
10. O Sedutor (lado negro do Homem das Mulheres): É aquele que vive para arruinar a vida das mulheres. Pode possuir obsessão em relação a uma mulher que não lhe dá atenção e gosta de destruir corações, pisoteando sentimentos após a conquista.
11. O Messias Masculino: Aquele que possui uma forte causa, muitas vezes divina. Pode ter características andrógenas e absorver facilmente qualquer outro arquétipo.
12. O Justiceiro (lado negro do Messias Masculino): Sua palavra é a lei, porém não é um vilão no sentido de ganhos pessoais pois acredita que está fazendo o melhor para seus seguidores. Gosta de quebrar o ego das pessoas e humilhá-las para depois convertê-las.
13. O Artista: Está sempre em contato com suas emoções, canalizando-as para algo criativo, mas muitas vezes não as controla, podendo explodir, afetando quem estiver em sua volta. Não é bom administrador e depende de alguém para ajudá-lo. Geralmente é inseguro e demonstra constantemente sua insatisfação, se importando com o que os outros pensam dele.
14. O Abusado (Lado negro do Artista): Quando o Artista não consegue controlar suas emoções se tornando uma pessoa volátil e extremamente vingativa, ultrapassa todos os limites descontando sua frustração em todos ao redor. É o homem que espanca a mulher e logo em seguida envia flores com pedidos de desculpa.
15. O Rei: É aquele que necessita de um "reino" para controlar. Geralmente é um político ou um chefe, vivendo em excesso. Ama dominar. Não consegue enxergar todo o problema e ignora os detalhes e as emoções. Quando fracassa busca preencher o vazio com bebidas e sexo.
16. O Ditador (lado negro do Rei): Quando a vontade de dominar se torna uma obsessão e o personagem passa a desejar mais e mais controle sobre seus subordinados, querendo ser um semideus e controlar o destino e vida dos outros. É capaz de fazer leis sem sentido apenas para demonstrar seu poder, e pode ser passivo-agressivo, geralmente deixando a pessoa cometer um erro para depois puni-la.
PRINCIPAIS ARQUÉTIPOS FEMININOS:
1. A Musa Sedutora: Mulher forte que sabe o que quer, de sexualidade aberta. Gosta de ser o centro das atenções, mas teme a rejeição.
2. Femme Fatale (lado negro da Musa Sedutora): Usa suas qualidades, geralmente físicas, para controlar e manipular os homens. Seu corpo é uma arma.
3. A Amazona: É a feminista, que possui um lado masculino tão forte quanto o feminino. Geralmente é apaixonada pela natureza e é selvagem, valorizando a liberdade. Prefere amizades femininas, mas por muitas vezes afastar as mulheres acaba tendo mais amigos homens.
4. A Górgon (lado negro da Amazona): As Górgons na mitologia grega são as monstras com garras que transformam os seres vivos em pedra apenas com o olhar. A medusa seria uma górgon. É uma mulher agressiva, que age como uma ditadora e faz qualquer coisa para ajudar outra mulher. Possui uma fúria cega e insana.
5. A Filha do Pai: É a mulher que luta para ser igual um homem, e provar que é tão boa quanto um (diferente da Amazona, que luta pela mulher e não se importa em se encaixar no mundo masculino). Sempre argumenta contra a causa feminina e fica ao lado dos homens, querendo ser "um deles". Vê as próprias mulheres como um sexo frágil.
6. A Traiçoeira (lado negro da Filha do Pai): Atropela os outros para atingir seus objetivos e quer chegar ao topo a qualquer custo, utilizando para isso sua inteligência. Se sente totalmente devastada por não poder fazer parte do grupo masculino que parte para a vingança.
7. A Cuidadora: É a mulher que tem o senso de obrigação de cuidar de alguém, colocando sempre os outros na sua frente. Geralmente possui uma profissão médica e normalmente não se importa muito com a moda e nem com a beleza (geralmente sua beleza está escondida). É o arquétipo da mãe e esposa protetora, mas que possui muitas fragilidades.
8. Mãe hiper-controladora (lado negro da Cuidadora): Quando o desejo materno de proteger foge do controle. É a mãe que envenena o filho para poder depois cuidar dele. Provavelmente raptaria uma criança só para poder cuidar dela. É a mestra em infligir e impor culpa nos outros, apenas para que esses não saiam de casa e fiquem sob seus "cuidados". Pode estimular um complexo de inferioridade no filho. Pensa que os outros não podem viver sem ela quando na verdade ela é que não pode viver sozinha, exagera quando está machucada ou tem alguma necessidade, se fazendo sempre de vítima.
9. A Matriarca: É a mulher que está no comando, muito forte, e comprometida, fiel e amorosa. Faz tudo para sua família e exige respeito. Nunca abandona a família e é a esposa perfeita e devota. O seu momento mais inesquecível é o dia do seu casamento.
10. A Desprezada (Lado negro da Matriarca): É a mulher que sofre abandono pela família mesmo fazendo de tudo por ela. Pode fazer de tudo para recuperar seu marido e o comando da situação, sempre achando que seu casamento tem solução. Se o marido tem uma amante, a culpa é da amante e não dele.
11. A Mística: É a mulher de paz e misticismo, que ama ficar sozinha com seus pensamentos. Tem uma mente forte e escolheu uma vida espiritual ao invés de casamento ou desejos terrenos. É um espírito livre que vive em seu próprio mundo.
12. A Traidora (lado negro da Mística): É a velhinha que envenena o marido, onde por trás de uma aparência bondosa se esconde grande maldade. Acredita que ninguém verá o seu lado verdadeiro. Geralmente causa enorme decepção para as pessoas em sua volta quando estas descobrem a verdade.
13. O Messias Feminino: O Messias é o arquétipo de um andrógeno, e as versões masculinas e femininas são praticamente idênticas. São personagens que tem uma forte causa relacionada a um grupo amplo de pessoas. Essa causa não precisa ter necessariamente conexão com algo divino. Pode facilmente conter outros arquétipos. Tem uma força interior que nunca morre e sempre se sacrificará pelos outros.
14. A Destruidora (lado negro do Messias Feminino): Não é uma vilã no sentido simples do termo. É uma vilã no sentido de proteger a qualquer custo o bem maior (como jogar bombas atômicas para acabar com a Guerra). Vê o mundo em preto e branco e muitas vezes provoca mais malefícios do que bondades. Humilha a pessoa para depois convertê-la a sua causa.
15. A Donzela: Vive uma vida charmosa e alegre e não se preocupa com problemas dos dia-a-dia. É uma mulher que corre muitos riscos pois se acha invulnerável. Dificilmente se estressa. Pode ser uma mulher nos 40 que ainda age como uma garotinha, e no fundo não quer crescer, vivendo em um mundo onde casamento, filhos e responsabilidade não ocupam um lugar de destaque. Gosta de depender dos outros e adora variedade e festas.
16. A Adolescente problema (lado negro da Donzela): Mulher fora de controle, obcecada com festas, drogas, sexo e fazendo tudo em excesso. Nunca aceita a responsabilidade pelos erros cometidos e não possui moral e ética. É depressiva, egoísta e invejosa. É irresponsável e se acha acima da lei.
Bem, da leitura é isso.
iSCHMIDT, Victoria. 45 Master Characters. Ed. F & W Publications, 2007

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pequenas novidades...


Acordei bem cedo para assistir o casamento real do Príncipe William com Catherine Middleton. Confesso que houve momentos em que fiquei engasgada. Para uma conservadora como eu, a pompa da realeza dentro de seu rigorismo acaba sendo um sonho de consumo. De novidade tenho a relatar que estou usando a técnica de relaxar a língua antes de dormir. A técnica é recomendada pelo médico Dr. Richard Shane, membro da Academia Americana de Medicina do Sono. Segundo ele, precisamos relaxar para dormir. Quando estamos tensos, pressionamos a língua no céu da boca inconscientemente. Tirar a tensão desse músculo ajuda a descansar também a cabeça, o pescoço e até o tórax. Além disso, existem noites (como para acordar hoje) em que eu pareço simplesmente não ter sonhado. Alguns dizem que é impossível não sonhar e, quando temos essa impressão, é por que em verdade não nos lembramos dos sonhos. Outros dizem que, quando há essa sensação de não sonhar, é por que sonhamos com o nada, o vazio do vácuo. E há ainda quem acredite sim no fato do ser humano poder não sonhar. Não obstante, pode acontecer da pessoa acordar antes de chegar ao estágio dos sonhos. Experiências feitas mostraram que as pessoas que ficavam, durante uma semana, tendo suprimidas apenas as suas fases do sonho, que acontecem no quinto estágio do sono, ficaram com um humor péssimo, tiveram dificuldade de concentração e mostraram grande dificuldade em tarefas que exigiam atenção e concentração. Daí a importância de ter horário certo para dormir e manter uma quantidade de horas de sono que seja relaxante ao organismo. Por hora, é isso.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Terapia da imagem reversa...


Preocupados com o impacto dos pesadelos no cotidiano, os médicos
estão procurando ampliar o leque de recursos contra o problema. Hoje, uma das
opções que ganham força entre os especialistas é a chamada terapia de imagem
reversa. Trata-se de uma técnica que consiste em fazer com que o paciente
enxergue o pesadelo de outra maneira, menos assustadora, e dê a ele um outro
significado
. É o oposto do que preconiza a abordagem mais antiga, baseada na
discussão profunda e detalhada dos sonhos, numa busca por razões psicológicas
que possam estar por trás dos episódios. “Percebemos que, em muitos casos,
quanto mais se fala do assunto, mais se firma a imagem negativa e apavorante”,
explicou à ISTOÉ a pesquisadora Shelby Harris, do Departamento de Neurologia e
Psiquiatria do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos.
Por
isso, o que os especialistas propõem é que, durante a terapia, o paciente
mencione o pesadelo apenas uma vez. “Depois, ele deve reescrever o roteiro do
sonho”, disse Shelby. Esta transformação é feita com um treinamento
adequado.
O paciente é orientado a praticar técnicas de visualização
esmerando-se nos detalhes: ele deve se imaginar numa praia ou saboreando um
hambúrguer, por exemplo, mas enxergando na mente as cores, o lugar. Tudo para
limpar o cérebro do teor e da sensação ruim deixados pelo sonho. Em seguida, o
indivíduo é convidado a mudar a história do próprio pesadelo, tornando- o muito
mais leve e inofensivo.
Segundo a pesquisadora americana, a chave para que a
estratégia dê certo é o treino diário da visualização e da mentalização do
pesadelo inteiramente modificado. “Este treino pode mesmo mudar o que acontece à
noite, durante o sono.”


Em geral, são necessárias de três a quatro sessões para
que o paciente aprenda a técnica. De acordo com os resultados obtidos, cerca de
70% das pessoas manifestam melhora. Isso pode ser desde o fim dos sonhos ruins –
ou a diminuição significativa da frequência com que eles acontecem – até o
desenvolvimento da habilidade de mudar o pesadelo quando ele está acontecendo.
Na opinião do especialista Barry Krakow, diretor do Sleep & Human Health
Institute, também nos Estados Unidos, o método tem eficácia porque responde a um
anseio dos pacientes. “Eles querem transformar os pesadelos em algo sob
controle”, disse à ISTOÉ.

Na
avaliação dos especialistas, outra razão para o sucesso da técnica – disponível
no Brasil – reside no fato de o treinamento quebrar um ciclo negativo no qual o
paciente pode ter se envolvido. “Em muitos casos, os pesadelos acontecem porque
o cérebro se acostumou a um padrão em que os sonhos são sempre ruins”, explicou Shelby. Com a terapia reversa, é como se o cérebro apagasse o padrão antigo e o
substituísse por um novo, em que os sonhos são realmente sonhos.

fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/19236_O+FIM+DOS+PESADELOS

Eu e meus sonhos...






O interessante de analisar os sonhos é que, quando não me
recordo dos
mesmos, fico durante todo o dia com o sentimento de estar
faltando algo.
Escrever os sonhos é um complemento de tudo o que escrevo
sobre minha vida, meus
sentimentos e pensamentos. Quem tem o costume de
escrever sabe o quanto esse
hábito é libertador! Ao escrever o que penso,
percebo e sinto, muito da angústia
é compreendida. E, claro, diminuída.
Creio que falar nunca terá um efeito tão
libertador quanto escrever. Aprendo
muitíssimo com os sonhos. É sempre
importante ficar alerta para o que não
estou percebendo e os possíveis efeitos
perigosos caso persista num
determinado comportamento, numa atitude diante da
vida. A mudança de
hábitos, compreendendo o que estou criando, e alterando o
jeito de me
comportar, tem efeito visível tanto na vida prática quanto na
onírica. Esse
diálogo entre consciente e inconsciente por vezes possui uma
clareza
maravilhosa. Impressionante o quanto uma decisão consciente, com a sua
respectiva postura diante dos eventos cotidianos, gera uma retratação no
inconsciente. O conteúdo inconsciente se molda nos sonhos, retratando o que
o
consciente está fazendo, e vice-versa. Para perceber esse intercâmbio,
esse
relacionamento consciente-inconsciente, é fundamental anotar os sonhos
e
constantemente lê-los, tentar decifrá-los, tentar enxergá-los na prática,
na
vida diária. Sonhar é maravilhoso por compensar o que não consigo viver
no
presente e, melhor que isso, por mostrar-me que posso sim viver o mesmo
num
futuro se fizer o esforço necessário para transformá-lo em realidade. Os
pesadelos dão conhecimento dos sentimentos reprimidos, dos defeitos
mascarados,
dos medos ocultos que tanto influenciam o dia a dia. Sejam bons
ou ruins, os
sonhos ensinam sempre. Vejo inclusive haver uma conotação
simbólica com
realidades futuras, pois conforme vou vivendo vou lembrando de
sonhos passados e
vejo essa relação do tipo fatalista. Claro que para
decodificar essa linguagem
simbólica é preciso disposição para analisar,
escrever, se atentar a tudo o que
nos envolve e, principalmente, ao nosso
comportamento perante o entorno. Mas,
sem dúvida, tudo isso é muito
válido!

domingo, 24 de abril de 2011

Sonho de união entre animus e anima...


Eu estava na escola e conversava bastante quase como num monólogo enquanto expressava os meus pensamentos. Tinha uma garota perto de mim e era como se eu estivesse conversando com ela e comigo ao mesmo tempo. Eu me sentia super estranha por estar falando tanto, por dizer alto os meus pensamentos. Pensava que todos iam estranhar o fato de eu estar tão conversadeira, praticamente não mantendo nenhum silêncio. Pensei que o professor fosse me chamar a atenção por causa da conversa, mas assim que ele terminou de escrever na lousa e foi para o lado da porta, próximo de onde eu estava sentada, comecei a dialogar com ele fazendo-lhe perguntas. Era como se houvesse em mim uma grande necessidade de falar, como se estivesse pela primeira vez escutando minha própria voz entremeio a um local com outras pessoas. Existia sim esse fascínio de estar conversando, ouvindo meu som verbal. Daí dizer que eu parecia falar comigo mesma em primeiro lugar, pois a cada fala, mesmo que solta e desconexa, eu sentia um prazer instantâneo. Era como se minha boca fosse uma extensão básica dos meus pensamentos, uma situação um tanto magica para quem resguardadamente nunca revela aquilo que vai em mente.
As cartas de tarô disseram-me que está sendo solidificada uma união interna que proporciona equilíbrio entre anima e animus. Conversar com o professor me concedia o mesmo nível de autoridade dele, ou seja, se enquanto aluna precisava manter a regra do silêncio, conversando com ele eu conseguia quebrar essa regra. Esse professor assumindo a personificação de Mateus, mostra que está havendo uma maior flexibilidade de minha parte (anima) para ser aprendiz. Fica visível um benéfico recuo feminino. E mesmo sendo flexível para me permitir estar nesse posto de aluna, ainda assim apareço com uma feminilidade que quer estar no mesmo nível do educador masculino (dois de copas). O sonho enquanto compensatório é uma maneira de recuperar desejos sufocados e podê-los contemplar, vivenciar, mesmo que psiquicamente. É uma forma de aprender a me relacionar e comunicar com naturalidade (cinco de espadas).
A anima tem dois aspectos: o positivo e o negativo. Ela faz referência a todas as mulheres projetivas da vida de um homem. No aspecto negativo é quando o homem revela sua vaidade de maneira exagerada, expressando-se de maneira explosiva e mostrando-se com o humor alterado. No aspecto positivo é quando a anima do homem demonstra por meio de atitudes sua sensibilidade, expressando a sensualidade, calma e carinho. O animus tem a mesma característica que a anima, representando os aspectos masculinos no inconsciente da mulher, tendo por trás todos os homens projetivos da vida desta. Esse arquétipo refere-se ao padrão de homem que a mulher pretende encontrar. No aspecto negativo o animus revela-se em uma mulher pela maneira rígida e autoritária em se comportar, pela inflexibilidade de opiniões e com a intelectualidade indiferenciada. No aspecto positivo, o animus manifesta-se na mulher de maneira criativa, funcionando como intermediário entre a consciência e o inconsciente e atribuindo atitudes de confiança e de força intelectual. Jung dizia que enquanto o homem deve buscar a anima, ao contrario disso, a mulher deve resistir o animus, para não ser dominado por ele. Isso porque em nossa cultura, há uma valorização do masculino, o que favorece uma identificação com o animus. Assim, a mulher deve resistir ao ímpeto do animus dialogando com ele para não perder a sua identidade feminina. É basicamente isso o que fiz no sonho!
Nessa busca o sonho indica a necessidade de manter lealdade comigo mesma e com os outros mostrando os meus sentimentos de forma tranquila (valete de paus). Existe uma naturalidade no desenvolvimento emocional (sol cigano). A tendência é de progresso, bem-estar, completude, sorte e felicidade (rei de ouros). O tempo é o grande aliado para propor mudanças e fazê-las acontecer, seja de forma drástica ou severa. De certa forma creio que essas mudanças já estão acontecendo, mesmo que de maneira intra-psíquica e ainda imperceptível no meio externo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Em Paris...



Estou muito mole por causa dos medicamentos e mal consegui levantar da cama para alimentar-me e ir ao parque correr, algo que fiz de teimosa. Consegui tomar banho e estou fazendo uma força para ficar mais algum tempo distante da cama, mas estou bem grogue e até para conversar estou parecendo uma bêbada.

Saindo do aeroporto Roissy Charles de Gaulle, passei pelo Parque do Cedro e fui até os Campos Elíseos. Quase comprei um perfume na Inter Parfums. Estive um pouco observando a paisagem sentada perto do Arco do Triunfo. As avenidas são bem largas, com cinco faixas de cada lado. Os calçadões também são espaçosos e largos, podendo passar uma multidão de gente por eles de uma vez. A amplidão das ruas daqui dá-me uma sensação liberdade muito boa! As ruas formam um contorno ao redor do Charles De Gaulle Etoile. Passei pela praça Saint Ferdinand, a qual contem uma escultura levemente sem graça. Gosto do tipo de arquitetura dos prédios franceses. Nada de interessante na praça de la Porte Maillot. Passei pela Le Palais des Congrès de Paris. Fui até a Basílica de Sacré Cœur que fica no ponto mais alto de Montmartre, bairro boêmio de Paris. A Basílica foi erguida em homenagem a 58.000 soldados franceses mortos durante a guerra Franco-Prussiana (1870–71), tendo demorado 46 anos a ser construída. Bem próximo tem a igreja Carmel de Montmartre.
A Torre Eiffel é sem qualquer dúvida o grande símbolo de Paris. A vista de 360º sobre a cidade é imperdível. A Esplanade des Invalides constitui um célebre conjunto de museus de Paris abrigando o Museu das Armas (Musée de L'Armée), Museu de Relíquias de Época (Musée des Plans-Reliesfs), Igreja Dôme Invalides, onde na cripta repousam as cinzas de Imperador Napoleão I. Sem dúvida é para mim uma das melhores atrações turísticas depois da vista aérea oferecida pela torre Eiffel. Andei pela longa Rua d'Université. O rio Sena oferece passeio de barco aos turistas. O Museu do Louvre, um dos grandes ícones de Paris, permite qualquer visitante apreciar trinta e cinco mil obras de arte da sua coleção de trezentas mil. A Praça Vendôme em Paris é uma das mais elegantes da cidade. Com muita luminosidade, simples, limpa, prédios com uma arquitetura homogênea e uma magnífica coluna central. Situada na pequena Île de la Cité, mais precisamente na Place du Parvis, e rodeada pelas águas do Sena, destaca-se a Catedral de estilo gótico, Notre-Dame de Paris. Outro espaço de culto imperdível é a Igreja de la Madeleine. Isso tudo sem falar no Museu d'Orsay e a Saint Chapelle. E para quem ama a natureza, o Jardin de Luxembourg, o Jardin das Plantas e o Jardin des Tuileries (em frente ao Louvre) são encantadores. A rua Emile Richard tendo do lado o cemitério du Montpamasse me pareceu sombria. Passar por ela deu-me uma sensação estranha, medrosa, enigmática. Ainda fui até o Palais de la Dácouverte e ao Museu Petit Palais. Muito bom andar pela ampla avenida Winston Churchill. O Palácio de Versalhes com seus arredores Grand Parc, Petit Parc e Grand Trianon oferecem espaço para um passeio incrível! Bem, esses foram os melhores pontos turísticos que conheci.

sábado, 12 de março de 2011

Decodificar o inconsciênte não está fácil. Alguem quer me ajudar?

Imagino que os sonhos dessa noite devam ter
alguma informação importante para me transmitir, mas isso não será fácil, pois
são bem abstratos. Num deles eu estava junto de outras pessoas e comíamos pés de
crianças. Haviam pés maiores, pés menores e outros mais gordinhos. Eu sentia-me
mal com aquela espécie de canibalismo, mas de toda forma aquilo parecia ser algo
normal perante as demais pessoas e muitos pés humanos infantis estavam
espalhados pelo local. Eles pulavam da panela e caiam do chão como se fossem
pipoca. Provei de um e podia tirar-se os nacos dele como se fosse um pão de
batata ou uma rosca. Não tinha gosto de carne, aliás, não tinha muito gosto de
nada. Nesse local haviam duas jovens me olhando de cara feia e então, no meio de
todo mundo, chamei-as e disse que não sabia por que elas estavam com raiva de
mim, pois não me lembrava de tê-las feito nenhum mal, mas em todo caso, se
houvesse feito, queria que elas me desculpassem por qualquer coisa. Não lembro o
desfecho, mas creio que elas saíram do local e me deixaram falando sozinha.
Depois eu estava com duas mulheres que eram pastoras. Elas me convidaram para me
tornar uma pastora também. Eu queria sim fazer pregações e animei-me com a
ideia. Fomos para a igreja e também não lembro muito dessa parte. Depois disso
fui encontrar com um pastor que houvera estudado comigo na adolescência. Em um
sonho anterior alguém me dissera que o maior arrependimento da vida dele,
segundo confissão dele mesmo, era não ter tido-me como sua namorada quando nos
conhecemos. Nesse sonho nós nos encontramos e ele apareceu igual ao herói do
filme homem aranha, ou seja, de cabeça para baixo. Ele me beijou três vezes na
boca e no terceiro beijo recuei, pois estava emocionada demais e sentia que se
continuasse poderia desmaiar a qualquer instante. Tinha muito para conversar com
ele, precisava dizer que o amava desde os meus treze anos de idade e esse
sentimento tão forte e belo de amor tinha uma parte de mágoa, pois na época ele
namorava outra jovem. Mas não tive tempo para dizer-lhe nada, pois ele se
retirou dizendo que ia tomar banho e se arrumar para somente depois
conversarmos. Fiquei esperando-o durante um bom tempo no meio de vários outros
convidados. Ia ser servido um jantar, mas todos esperavam pelo pastor herói.
Houve um momento que notei uma mulher comendo bolo. Ela me ofereceu e eu
aceitei. Achei-a esperta por ter atacado a sobremesa já que o jantar estava
demorando muito em ser servido.
Como a demora era muita, saí para o
exterior do local (parecia um barracão). Era como se fosse uma fazenda. Tudo o
que eu conseguia enxergar ao redor era uma plantação de trigo. No meio dela
várias ovelhas e carneiros muito brancos pastavam. De repente, tive uma visão:
do meio dos carneiros que pastavam tranquilamente, vários cavalos bejes surgiram
montados com Iansãns vestidas de amarelo (sempre associei essa cor a Oxum, mas
no sonho, não sei explicar por que, identifiquei-as como Iansãns. Será que me
enganei?). Achei estranho, pois os cavalos andavam de lado e as Iansãns ou Oxuns
seguravam flechas. Quando fui retornar para dentro do local a fim de comentar
minha visão, tive de passar entremeio a uns fios de arame farpado e o fiz com
bastante cuidado para não me aranhar. Só que ao adentrar no local ele tinha se
tornado um centro espírita. Um médium incorporado conversou comigo e disse-lhe
que só tinha uma coisa a pedir: que Deus estivesse me guardando, me guiando, me
protegendo, assim como aos meus familiares. Foi cantada uma música lenta muita
bela e chorei emocionada imaginando que aquela melodia fora escolhida para mim.
Nisso a mãe de santo dona do terreiro disse que eu era filha de Logun-Edé e
precisava trabalhar minha mediunidade junto de meus guias. Então eu voltei para
perto do meu corpo que dormia num local que não era a minha casa atual, aliás
não era bem o meu corpo, era outro maior, como se eu estivesse inteiramente
inchada. Tentei “entrar” nele, me acordar, mas não consegui. Pensei que houvesse
morrido, mas notei que meu corpo respirava e assim tranquilizei-me saindo outra
vez de perto dele. Isso é tudo o que consegui lembrar.
Diz a lenda que Logun
representa o encontro de naturezas distintas sem que ambas percam suas
características. É filho de Oxossi com Oxum, dos quais herdou as
características. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado príncipe das matas
e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros
animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina. Tem a
astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes.
Logun nunca se casou, devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua
companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de
dois mundos diferentes. Como símbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é
visto como um ser andrógino. Alegres, bonitos, vaidosos e agitados. Os filhos de
Logum são na verdade uma mistura de Oxóssi com Oxum: inteligência, astúcia e
leveza do caçador; criatividade, trabalho e doçura da rainha das águas doces.
São amantes insaciáveis. Reservados, discretos e amantes do luxo. São artistas
natos. Sinceros, mas por vezes enganadores quando isso pode lhes trazer algum
benefício. Isso parece ter (em partes) muitíssimo a ver comigo!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sonho de infância e desafios...


Pode parecer no mínimo nojento o sonho dessa noite, mas talvez seu significado seja favorável. Havia uma professora de instrumentos fazendo do esgoto um piano, ou seja, ela conseguia tocar o esgoto, que por sinal estava entupido, e dele saía melodia. No meio de toda a sujeira e água turva empoçada, ela surpreendia-me com sua habilidade de tocar o suposto instrumento. Ela me disse que eu tinha de escolher um instrumento qualquer. Isso indica que tenho de achar um objetivo, mesmo que eu tenha de tirar vantagem e alegria (música) de situações toscas, improváveis e impossíveis. A necessidade de bom-humor confirma isso. Depois eu entrei numa casa e vários cachorros vinham pular no meu colo e, ao fazerem, se transformavam em crianças. Quase todos estavam machucados, mas pareciam me amar profundamente como se dependessem de mim para sobreviver. Depois que todos transformaram-se em crianças, minha preferência selecionou algumas de forma que desprezei outras. Unindo essa segunda parte à primeira, existe uma sugestão de buscar transformação através dos desafios, de querer exito nas ações e conquistas pessoais. Os animais são instintivos: possuem hábitos de autoconservação e conservação da espécie; possuem introversão e extroversão; e são criativos por natureza. Cachorro é um animal que possui dupla polaridade: lembra fidelidade e lealdade, mas também pode agir com fúria e violência. Isso mostra-me como estou atualmente lidando com meus valores e princípios. Mesmo sentindo-me ou estando machucada, doente e ferida, tenho carinho, respeito e desejo suficiente para aconchegar-me nos braços de minhas raízes, daquilo que creio e considero como sendo a minha verdade pessoal.
Existe a nítida imagem de carência como dependência: eu ainda sinto ser uma criança diante do mundo quando estou dodói, seja fisicamente ou emocionalmente. Isso também demonstra que, independente da minha aceitação ou conscientização, sinto saudades da época de infância, de quando eu tinha um mundo de possibilidades para explorar. Sinto que minha alma, meu eu verdadeiro é acolhido por mim. Fico frente a frente com as muitas partes latentes de meu ser e, nitidamente, ainda preciso me entender melhor com algumas delas. Por que quase todas parecem abatidas? Falta integração interior. Ainda existe uma disputa que leva à desvantagem do todo coletivo de meu ser. A infância é vivida com vulnerabilidade, as fraquezas são expostas, e as crianças precisam de quem as amem do jeito que elas são, ora boazinhas, ora birrentas ou ainda arteiras. A maturidade nos cobra responsabilidades e escolhas que exigem definições taxativas e estáticas sobre o que está fora de nós, e na maioria das vezes parece não haver um vislumbre de que as pessoas, problemas e situações são impermanentes, relativos e imprevisíveis. E se o menosprezo é normal, talvez eu deva aprender a me fortalecer diante dele, mas sem vitimismo ou raiva. Meus desejos e prioridades precisam ser importantes para mim e não para os outros. Há sempre uma criança dentro de cada adulto que procura novas descobertas, novas construções, novas coisas novas. Acho que é essa a projeção do meu desejo de momento (o qual também não deixará de ser eterno).

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sonhos incubados me trazem respostas reveladoras...


Tive milhares de sonhos essa noite. Os
primeiros, não sei se
por falta de lembrança suficiente ou por realmente não
entender o contexto dos
mesmos, era como se eu estivesse dentro de um filme
participando de uma cena sem
saber a história em si. Eu estava num local que
parecia um palácio egípcio de
cortesãs, ou talvez fosse um castelo árabe do
tipo harém. As mulheres todas bem
vestidas tinham seus quartos separados, de
modo que haviam dezenas de quartos.
Não sei ao certo que espécie de local
era aquele e o que se passava de fato ali.
Havia em mim uma sensação de
desconforto, mas ao mesmo tempo eu estava bem
(misto de insatisfação com
satisfação). Eu buscava uma resposta, mas não sabia
exatamente com quem
falar, pois tinha amizades lá dentro e também tinha de tomar
cuidado com
possíveis intrigas. Havia dúvidas sobre o que fazer, enfim, não sei
muito
dar explicações.
A segunda lembrança pareceria-me um pesadelo se não
houvesse tido um desfecho corajoso de minha parte, mas do qual também não
entendi o por quê da situação. Eu brigava com minha irmã dentro desse local
descrito acima. Não sei ao certo o motivo da briga, só sei que quanto mais
eu
gritava e me exaltava, mais rouca ficava, a ponto de apenas conseguir
sussurrar.
Ao sair da presença dela, dois homens foram atrás de mim
incumbidos de me
matarem. Havia uma senhora junto que observava tudo a uma
certa distância
tentando influenciá-los a não me matar. Eu estava possuída
de fé, sentia estar
com Deus e me permitiria morrer em nome Dele e da minha
fé de que Ele me
protegeria de tudo e todos, justificando para mim mesma que
Ele conhecia meus
motivos para pensar e agir de tal modo. Não sei como, mas
eu sabia claramente
que aqueles dois homens que me seguiam queriam me matar.
Entretanto eles
pareciam sem coragem. De repente apareceu no meio do caminho
uma cavalaria.
Agora eram muitos os homens prestes a me trucidar. Um dos
dois homens
segurando-me empurrou para o chão e num ato de proteção
postou-se a minha
frente. O outro, como que arrependido pela ideia inicial
de me matar, postou-se
também a minha frente em defesa minha. Permiti ser
protegida, pois a priori
senti muito medo. Mas o que dois homens postos na
minha frente poderiam me
proteger perante vários soldados armados? Foi então
que eu os agradeci e disse
que em nome de Deus enfrentaria a minha própria
morte. Somente Deus tinha o
poder suficiente de me livrar daquela situação
mortal se assim tivesse de ser.
Os soldados enquanto aproximavam-se iam
matando várias pessoas presentes no
local (parecia uma vila de mercadores).
Nisso minha irmã veio ao meu encontro,
só que nesse momento, dentro do
sonho, ela possuía outra aparência de rosto bem
diferente. Senti ser a hora
derradeira para a morte ou para a vida. Assim que
ela se aproximou eu
disse-lhe algo sem fundamento, mas que sem domínio saiu da
minha boca:
“mãezinha, me deixe viver. Eu sou sua filha, aquela que você perdeu
quando
teve um aborto”. Ela pareceu espantada como se nunca ninguém houvesse
sabido
de seu aborto”. Acordei logo em seguida extremamente assustada e
estarrecida
com as fortes sensações do sonho.
Por fim eu estava num centro
espírita
e já cansada de aguardar fui ao encontro materno e disse que queria ir
embora. Minha mãe mostrou-me a ficha e disse que estava faltando apenas mais
uma
rodada para sermos atendidas. Resolvi esperar. O atendimento era o
seguinte:
escrevia-se num papel uma pergunta ou o problema do qual buscava
ajuda. Havia
uma médium que escrevia a resposta no papel do seguinte modo:
atras dela, um
espírito escrevia com um instrumento espiritual, (parecia um
pedaço de giz
cinza) e a médium sobrescrevia por cima da escrita espiritual
invisível aos
demais olhos. Eu tanto via esse espírito quanto a escrita
dele. Minha mãe
colocara no papel a seguinte pergunta: “o que a Carla tem?”
Notei que a médium
não estava entendendo a caligrafia de duas palavras
escritas pelo espírito e, ao
invés de ler a resposta toda, fui ajudá-la a
decifrar apenas as duas palavras
que eram “vaidade e orgulho”. Depois disso
uma equipe de jovens todos pintados e
enfeitados vieram demonstrar minha
encarnação através de um teatro. Uma jovem
dentro de um grande pote de barro
só saía do mesmo muito rapidamente e para
fazê-lo usava máscaras. Numa das
saídas ela tomou coragem e surgiu sem a
mascara. O arregalar de seus olhos
simbolizava estar maravilhada com a realidade
que conseguia ver sem as
máscaras. Eis o que aquilo representava em mim: como
forma de proteção
vaidosa (necessidade de parecer perfeita) e orgulhosa
(necessidade de ser
poderosa), as máscaras sociais encobria meus defeitos e
fragilidades, mas ao
mesmo tempo, escondia também de mim mesma a realidade bela
do mundo (externo
e interno) de qualidade e capacidades. Era como se ela (eu) ao
ter coragem
de livrar-se das máscaras sociais, houvesse conseguido enxergar o
próprio eu
interior e, descobrindo a beleza deste, pudesse projetá-lo no
exterior sem a
necessidade instintiva de proteger-se das críticas e julgamentos
alheios. Em
sequência apareceu um jovem que tirou-a do pote demonstrando muita
felicidade. Terminando o teatro ela disse que tentou mostrar as duas
revelações
finais: uma era o relacionamento conjugal através de um homem que
apareceria no
meu destino e, a segunda, ficou subtendido que poderia ser um
filho, algo que
nem entrou na representação teatral por depender do meu
livre-arbítrio. E ainda
num desfecho onírico lembro de sonhar que abraçava
várias pessoas sem ser
correspondida, mas isso não me melindrava, pois a
minha atitude (livre de
baixa-estima) me satisfazia mais do que a resposta
recebida.

terça-feira, 1 de março de 2011

Em busca de reorganização psíquica...


Já que comecei com essa conversa, vou escrever as milhares de reflexões que estão surgindo em minha mente. Durante boa parte da vida, até por volta dos vinte anos de idade, eu reafirmava o autoconceito negativo que colhia tanto do preconceito vivido dentro de casa, quanto das chacotas vividas na escola. Sempre me coloquei como vítima não no sentido de colocar o outro como culpado ou malvado, mas sim no sentido de me ver como a coitadinha. Se as pessoas que são referência na minha vida me viam como uma incapaz, com o passar do tempo eu incorporei-me de incapacidade perante a vida. O conceito alheio reafirmava meu próprio conceito, pois eu não tinha um autoconceito de mim mesma. Ocorria um boicote chamado auto-vitimização. Eu sempre incorporava as críticas como se fosse uma esponja. Uma vez que não conseguia corresponder as expectativas familiares e nem ser tanto quanto minha irmã, eu me sentia não merecedora do amor alheio e, consequentemente, me sentia mal-amada. Por outro lado, quando sentia ser bem amada, imediatamente me sentia culpada, ficava decepcionada comigo mesma. A Carla idealizada em verdade era uma idealização de toda a família. A vontade de ser o centro das atenções é algo egoico e insaciável, mas a necessidade de se sentir amado é natural no ser humano, e não obstante é uma necessidade que precisa ser suprida. Trocando a idealização (e por trás dela as máscaras sociais) pela aceitação integral de mim mesma, deixei o ego de lado e passei a valorizar o que sou, o meu eu interior (self). Mas o que fazer se o meio familiar deseja de mim o eu idealizado?
Amar significa gostar de alguém do jeito como ele é. Se desejam de mim o eu idealizado, automaticamente não sou amada. Desfazendo a projeção, isso quer dizer que me falta amor-próprio? Surge um “amor” baseado em compaixão, em piedade. Esse é um amor que dói e muito. Se em primeiro lugar sou vítima de mim mesma, isso quer dizer que me amo porque tenho pena de não conseguir ser o que eu idealizei a vida toda? Esse “amor” diminui o ser amado, o faz se sentir inútil. É doloroso saber que o outro está comigo não por amor verdadeiro, mas por dó. É assim que estou comigo mesma? O amor verdadeiro não apenas aceita o outro como ele é, mas também o valoriza de modo integral. Então, como me auto-valorizar integralmente? Resposta: me auto-admirando. O amor verdadeiro contempla as qualidade e suporta com facilidade os defeitos. Nisso tudo cabe uma observação para o meu caso pessoal: senso de auto-valorização e amor próprio não está associado a vaidade, a luxo ou a contemplação e satisfação dos caprichos. O fato de não ser vaidosa e esbanjatória não é por julgar-me não merecedora disso, mas unicamente por gostar de ser simples e econômica. Ser simplória no meu caso, segundo minha opinião, não é sinônimo de baixa-estima, mas unicamente de preferência. Se existe baixa-estima é por eu não ser uma pessoa comunicativa (eu idealizado), que tem como consequência não a simplicidade, mas sim a fuga dos relacionamentos sociais. Não sou comunicativa por ser introvertida e reservada ou sou introvertida e reservada por não ser comunicativa? Qual a origem desse processo de ser?
As pessoas que fingiram sentir amor verdadeiro por mim tinham um objetivo cruel: me usar, usufruir-se de mim e sair na vantagem (ao menos é a percepção que tive). E não seria isso um reflexo do que eu faço com os outros? Como convencer os outros de que uma pessoa introvertida e reservada merece ser amada (isso implica no mínimo ser aceita e respeitada; e no máximo ser admirada e desejada) se não consigo convencer a mim mesma? Então o dilema é me convencer de que posso ser não apenas aceita e respeitada (algo fácil), mas também admirada e desejada (algo difícil) enquanto sendo exatamente o que sou. Até que ponto consigo verdadeiramente me amar, ou seja, admirar e desejar mais o meu eu verdadeiro do que o meu eu idealizado? Hoje eu continuo tendo consciência de que não sou (e talvez nunca seja) meu eu idealizado e perfeito, mas nem por isso eu me desprestigio como fazia antes. Sem dúvida já é um avanço. Hoje não me melindro com o que não sou. Porém, também há nisso um retrocesso ou processo negativo: antes de receber o desprezo alheio, eu aprendi a me defender sentimentalmente desprezando as pessoas ao não desejar me relacionar com elas. Em outras palavras: eu me recuo dos relacionamentos antes de ser remetida a projeção do auto-desprezo do passado. Mas algo me diz que estou em processo real de mudança psíquica, será? Minha cabeça está quente por demais com toda essa reflexão. A competição entre ser introvertida e reservada ou ser extrovertida e expansiva me parece injusta. Posso não estar na preferência da maioria, mas preciso estar na minha própria preferência. E então, o que fazer? Vou deixar essa e todas as demais perguntas incubadas para meus sonhos responderem.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mais uma opinião médica...


Conforme marcado dias antes, Carla foi com sua mãe (caminhando) num médico do hospital Santa Catarina. Sua formação era de clinico geral, imunologista, infectologista e psiquiatra, além de ser pós-graduando em bioenergética e core energetic. Graúda levou escrito suas duas folhas cheias de reclamações sobre os possíveis problemas de Carla quanto ao seu jeito anormal, reservado e exótico. Ele perguntou sobre o relacionamento de Carla com o pai, fez algumas perguntas e deu seu diagnóstico de que ela não tinha absolutamente nenhum problema mental ou psicológico. Tudo o que ela tinha era uma grande ansiedade contida, receitando-lhe então um remédio manipulado. De fato Carla assumia transparecer calma enquanto por dentro era constantemente como uma panela de pressão prestes a explodir. O médico disse que ela simplesmente não encontrara seu habitat, sua “tribo”. Além disso ele disse que ser diferente não é necessariamente uma anormalidade, até porque são as pessoas diferentes que fazem o mundo movimentar. Obviamente Carla sentiu-me mais aliviada depois da opinião médica de que ela era apenas uma pessoa mais honesta consigo e com o mundo por fazer aquilo que lhe é prazeroso ao contrário de seguir as normas das convenções sociais. Muitas pessoas gostariam de ser diferente, mas não têm coragem exatamente pelo choque que isso causa perante a sociedade que exclui os portadores de comportamentos não tradicionais. No fim, como Carla sempre costumava dizer, os outros criticam porque são invejosos. Uma vez necessitando tratar a ansiedade acumulada com o remédio manipulado, o qual seria tomado por catorze dias, ele marcou um retorno dentro de quinze dias. Carla não tinha absolutamente nenhum transtorno de personalidade ou distúrbio mental: tudo não passava de tensão nervosa (algo que inclusive lhe dava dores nas costas, ombros e pescoço) e um jeito diferente (mega especial num sentido positivo) de ser.
Tanto Carla quanto sua mãe tiveram a impressão de já conhecerem o médico. Uma vez que não o conhecia, Carla teve a sensação de que ele era parecido com o Fulano pela sua maneira de falar e se expressar. Entretanto, isso não lhe causou repulsa, pois em verdade ele parecia-se não com o Fulano real (o ogro aproveitador) com o qual ela se relacionara, mas sim o Fulano amigo (o príncipe protetor) que ela idealizara. Claro que, além de empatia, ela não sentiu nada especial pelo médico, o qual provavelmente veria mais uma vez e talvez nunca mais. Aliviada e medicada, esse foi o maior feito do dia de Carla.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ter fé...


Ter fé é olhar para o passado e apesar de ver os milhares de erros cometidos, os desvios, as limitações e defeitos, ainda assim ter a certeza de que aconteceu conforme tinha de acontecer, pois aconteceu conforme a vontade de Deus, o qual escreve certo por linhas certas. Se tais linhas parecem tortas e distorcidas é pela nossa percepção curta de seus desígnios tão amplos. Ter fe é saber que Deus compreende e vai além da nossa ignorância, pequenez e normal insignificância. Ele ama nossa vulnerabilidade exposta. Ele ama nossa naturalidade simples de meros pecadores na senda evolutiva. Ter fé é olhar para o futuro e saber que Deus à o conhece detalhadamente, independente de quantas opções tenhamos nós de livre-arbítrio, pois ele sabe as probabilidades e as predominâncias de cada escolha e ato de cada um em particular e em coletivo. Quem tem fé caminha no presente por um caminho mais claro e tranquilo. O ponto final da nossa jornada faz parte da lei divina, mas o caminho sonho nós que o escolhemos e o fazemos. E independente do caminho em si, ter fé é saber que Deus caminha conosco incessantemente. As vezes Deus usa os defeitos que repudiamos em nós mesmos para nos mostrar que tudo tem seu devido valor. Até nossos males se tornam instrumentos para cumprir os propósitos divinos. A sabedoria e justiça divina não cabe na cabeça humana. Ter fé é sobretudo deixar que essa sabedoria plena venha a saber por nós. É deixar que essa justiça soberana venha distribuir a cota de merecimento que nos pertence. Ter fé é apenas se entregar com humildade, resignação, obediência e amor. Deus sabe o que faz, e sempre está fazendo algo por nós. Quem tem fé compreende as dificuldades e decepções da vida, pois se torna mais forte do que os percalços. Fé é lei divina, mas a quantidade dela em cada um de nós é por nossa conta. Ter fé é, assim de tudo, surpreendente!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Davi...


Acabei de ler o livro Davii. Vejamos alguns pontos interessantes da leitura. O autor menciona as seguintes qualidades de Davi: espiritualidade (obediência), humildade (ele era apenas um servo que cuidava do rebanho de seu pai) e integridade (bom coração). Deus treinou Davi através da solidão (se não conseguimos ficar sozinho conosco mesmo, é porque há conflitos profundos e não resolvidos em nossa vida íntima. A solidão ajuda-nos a lidar com essas questões), a obscuridade (ele era um homem simples, não apreciado e sem popularidade), a realidade (sua vida era feita de trabalho e dificuldades reais e não de fantasias num mar de rosas), e também através da monotonia (ele era fiel nas tarefas insignificantes, rotineiras e desinteressantes da vida diária). Várias lições se passam na história de Davi: 1. As soluções de Deus são no geral estranhas e simples, portanto devemos ficar atentos; 2. As atividades de Deus são geralmente súbitas e surpreendentes, portanto devemos ficar preparados; 3. As escolhas de deus são sempre soberanas e seguras, portanto devemos ser sensíveis; 4. Enfrentar gigantes é uma experiência que intimada, mas a fé deve ser maior que o medo; 5. Guerrear é uma experiência solitária e ninguém o pode fazer por nós, pois é algo pessoal; 6. Confiar em Deus é uma experiência estabilizadora, pois Ele é o primeiro e o maior que pode ajudar-nos; 7. Conquistar vitórias é uma experiência memorável e devemos usá-las para deixar as derrotas e negatividades esquecidas no passado; 8. Jamais nos arrependemos de perdoar alguém que não merece ser perdoado; 9. Devemos enfrentar com sabedoria os conflitos que surgirem e preferencialmente resolver um conflito de cada vez. Quando não soubermos o que fazer para resolvê-lo, então é momento de esperar sem ansiosidade. Enquanto esperamos, talvez a situação não mude, mas nós sim; 10. Ao invés de nos preocuparmos com o que os outros vão pensar ou falar de nós, devemos manter contato com o que Deus vai pensar e dizer-nos. De tal leitura é isso.
iSWINDOLL, Charles R. Davi: um homem segundo o coração de Deus. Trad.: Neyd Siqueira. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.

domingo, 9 de janeiro de 2011

O tapete que inventei...


Não fui a unica a gostar do resultado final... E aí, aprovado?

Penteado do dia...


sábado, 1 de janeiro de 2011

Como se começa um conto de fadas real...


Essa história começa assim: em um planeta chamado Realeza do amor existia uma floresta de nome Toca da paz e era lá que a heroína e camponesa Alra Cauosue residia com sua mãe, a fada Graúda. Com seus vinte e seis anos de idade, Alra aprendera com a própria vida a ser destemida, criativa, madura, consciente de si, desinibida, segura, verdadeira, espontânea e estudiosa. Ela sabia se defender e se fazer respeitada. Não era vaidosa, nem tinha ilusões ligadas a sucesso, poder, dinheiro ou romances amorosos de quaisquer tipos. Era feliz consigo mesma. Atuava em tarefas de caridade e fazia aquilo que gostava mesmo sem ter uma profissão definida. Era detalhista, mas não era perfeccionista. Era simples, humilde e amorosa na medida de suas limitações. Gostava de auto-superação e se sentia capaz disso. Gostava de atividades físicas, de cuidar do corpo, de artes, literatura, da natureza e das relações humanas. Amava desvendar os próprios sonhos e crescer com as mensagens do inconsciente. Sua mãe Graúda era uma fada de sessenta e quatro anos que podia se transformar em raposa astuta e esperta ou em lobo dominante. Era nervosa ou paciente dependendo da circunstância, agitada, responsável, sincera ao extremo, extrovertida, conversadeira, estabanada, tinha dificuldades de concentração, era insegura, medrosa, não tinha auto-confiança, era submissa para agradar o outro, era carente, prestativa, ansiosa, sensível, forte, despretensiosa, critica, perfeccionista, simples, humilde, encrenqueira e polêmica. Graúda tinha duas irmãs: a mais velha era a salamandra do fogo Florymel que, com sessenta e sete anos, gostava de aparentar grandeza e não gostava de ser contrariada. A mais nova era a bruxa Pituca que, com cinqüenta e seis anos aparentava bondade, mas era gananciosa, comunicativa, gostava de aparecer e mostrar que tinha sabedoria além do que realmente tinha. Era investigativa, gostava de fofoca, críticas e julgamentos. Era brava e não gostava que ninguém lhe enfezasse. Essas três irmãs eram filhas da lepidóptera Mariposa, uma gorda de noventa e um anos que gostava de abusar da generosidade alheia. Era egoísta e muito gananciosa, mas que por certo também deveria ter suas qualidades.
Alra também tinha duas meias-irmãs, a ninfa Ágape e a deusa da caça e da guerra Soberana, bem como mais duas irmãs que lhe eram gêmeas, a mutante Ane Gineila Uosue e a feiticeira Santa Pérolla. Ao todo eram cinco irmãs. Ágape era uma ninfa independente que não sabia a própria idade porque era eterna e nunca envelhecia. Era madura, bem resolvida com sua própria sobrevivência e seu lado afetivo. Trabalhava com o que gostava espalhando alegria nos campos e bosques, tendo boas amizades, tendo um relacionamento estável com Mateus e que, mesmo temporariamente impossível pela distancia física de ambos, ela se mantinha fiel e se sentia realizada e plena. Era divertida, brincalhona e infantil quando queria. Era prática e esperta. Gostava de esportes como corrida, natação, dança, dentre outros. Amava desenhar, ler, escrever, meditar e cuidar de seu lado jovialmente sensual de ser. Soberana, em seus trinta e nove anos, era uma mulher autoritária, perfeccionista, explosiva, sensível, sentimentalista, vaidosa, carente, chantagista, inflexível, ambiciosa, segura de si, prática, verdadeira, espontânea, corajosa, animada, extrovertida quando se sentia à vontade, bem resolvida na vida, manipuladora, estrategista, tinha senso de liderança, era agitada, controladora e otimista.
Ane era uma mutante alienígena que vivia se camuflando, e podia aparentar qualquer coisa, animal ou pessoa que quisesse, para tirar o poder de suas irmãs gêmeas, mas tinha medo de suas meias-irmãs. Formou-se apenas para ter um curso superior. Era falsa por estratégia de autoproteção e também para ser bem quista. Era infeliz, tímida, insegura, receosa do futuro, tinha baixa-estima por sofrer críticas e preconceitos constantes. Não sabia impor respeito e preferia a solidão, por mais triste que isso lhe fosse. Via-se indefesa, ingênua e cheia de neuroses que a bloqueavam. Tinha justificativas incongruentes para tudo, principalmente para suas anormalidade de caráter, para sua personalidade exótica e enigmática que escondia um jeito narcíseo de ser. Era submissa até contra a própria vontade. Em verdade Ane era uma pobre coitada. Santa Pérolla era uma feiticeira do bem, religiosa eclética, mística, determinada, ousada e guerreira. Gostava de estudar, ler escrever e desvendar os mistérios do mundo e os seus próprios. Era serena, pacifica e amorosa. Para ela em primeiro lugar vinha as coisas de Pajib e pensava que o resto lhe seria acrescentado na hora certa do merecimento. Não tinha preconceitos e nem regras fixas. Era flexível e compreendia seu lado de humana que precisava muitas vezes errar e sofrer para aprender e crescer. Era sensível, mas forte para enfrentar suas intemperanças. Era contemplativa e não lhe apetecia a vida material, não apreciava os prazeres do mundo, as ilusões que tantos buscavam por ganância ou vaidades do ego. Era simples, despreocupada e bem-humorada. Em suas orações contemplava Pajib, o deus da eternidade, senhor de todos os deuses, criador dos seres e de tudo o que existe.
Alra tinha um conselheiro espiritual chamado Ameth que era dono da sabedoria e da serenidade. Também tinha um irmão espiritual muito especial chamado Maori Orima, o qual era o governador do planeta Realeza do amor. Soberana se casara com Joabaturk, um duende protetor do trabalho. Era um ser calmo, muito trabalhador e que gostava de aconselhar tentando convencer os outros a pensarem como ele. Ambos haviam adotado a sereia mirim Wenda Hilar que era muito travessa, comunicativa e esperta. Mateus Eduardo, namorado de Ágape e tão eterno quanto ela, era um mago com poder de invisibilidade (exceto Ágape o conseguia ver sempre) que aparentava segurança para encobrir suas inseguranças. Algum tempo depois do encontro dos dois ele mudou-se para uma floresta distante para trabalhar nela. Mas havia algo oculto nessa mudança que precisava ser revelado e assim aconteceu no dia em que ele tomou coragem de dizer que fora influenciado por Ane a arquitetar e aparentar ser e ter o que não era e não tinha. Ele refletia o lado masculino de Ágape como se fosse sua alma gêmea. Tinha a vida bem estabelecida e razoáveis condições financeiras, embora no princípio isso houvesse sido diferente pelo medo de assumir sua real situação, a qual foi mascarada a base de mentiras por medo de não conseguir o amor de "Ágape". Ele se apresentara como um imperador da justiça bem sucedido, mas depois de quase um ano e meio resolveu confessar sua real identidade. Ele escondia um lado bastante carente, irritadiço, medroso com relação ao futuro, deprimente, sufocado pelo desprezo que já recebera de muitos. Por vezes sentia-se inferior sem razões justas. Era sério, mas sabia ser divertido quando sentia liberdade para tal. Era sonhador, gostava de momentos de devaneio, mas escondia isso por trás de uma postura apenas passiva, relaxada e despretensiosa. Sabia ser romântico, fiel e cavalheiro, mas apenas quando queria. Sabia impressionar mesmo que às vezes lhe custasse caro ter que agradar alguém. Tinha seus momentos de aparentar lerdeza e outros de se mostrar com cinismo. Gostava de aventuras, mas preferia que elas viessem até ele para não ter que esforçar e acabar arrumando “sarna para se coçar”.
A deusa Soberana junto com seu marido e filha morava numa aldeia a quase seiscentos quilômetros retirada da floresta Toca da paz. Tal aldeia era movimentada por muitos operários, animais e seres elementares que se mudavam para lá a fim de uma vida mais promissora. Alra preferia a sua floresta à aldeia de Soberana. Além do mais, Alra tinha uma casa em cima de uma árvore de ipê em um bosque chamado Douradinho, algo que ganhara de seu falecido pai. Durante a primavera as flores entoavam hinos sonoros perfumados que, embora não fosse escutado por Alra por ser uma freqüência mais baixa, atraía uma infinidade de gnomos coloridos que super alegravam o ambiente, sem falar nas borboletas brilhantes que deixavam um rastro de purpurina pelo ar. Ela gostava muito de ir passear lá e o maior problema era à distância: embora ficasse dentro da Toca da paz, era um pouco retirado da casa donde morava com sua mãe. Para ir até lá era preciso acordar cedo e tomar três conduções: seis quilômetros sobre um burrico, mais seis quilômetros de ônibus e outros seis dentro de uma nave espacial.
Outro local que Alra gostava de ir era no planeta Inconsciente*. Para tal ela ganhara da ninfa Ágape uma caixinha com pó mágico. A caixinha só funcionava uma vez por dia ou por noite, além do que, não era sempre que ela encontrava pó dentro da mesma. Assim ela ficava suscetível à magia e autovontade da caixinha mágica de reabastecer seu pó. Alra precisava jogar o pó mágico no espelho do seu quarto dizendo a frase secreta: “Viva Carlotinha!” e, então, o espelho abria uma passagem secreta donde ela era conduzida para o planeta Inconsciente. Nele ela deixava de ser Alra, pois lá era conhecida apenas como Carlotinha. A cada vez que ia nele ela podia encontrar situações positivas ou negativas, bem como seres, animais e/ou pessoas boas ou más. A mutante Ane, a feiticeira Santa Pérolla e a ninfa Ágape moravam no planeta Inconsciente e todas tinham livre acesso ao planeta Realeza do amor, mas Ane e Santa Pérolla precisavam de uma condição: só podiam aparecer se Alra desse a permissão de emprestar seu corpo físico para ser incorporado por uma ou outra. Santa Pérolla tinha mais sorte nisso, uma vez que era aliada de Alra nos trabalhos religiosos e de caridade. Em ambos os planetas existiam a luta do bem contra o mal, mas a rivalidade não consistia no bem vencer o mal, mas sim transformá-lo em bem tanto quanto possível. Essa era a missão de Alra com relação à Ane, sua principal rival. Também existia um outro planeta chamado Brincá de vivê, donde todos tinham livre acesso para nele entrar e estar durante uma cota de tempo nunca pré-determinada.

Capítulo 1 -
Janeiro
O ano era de 2011. Alra estava no Vale das flores e após pronunciar seu nome completo, viu o costumeiro tampo da mesa de argila abrir e dali sair seu computador, seus papeis, canetas e demais pertences particulares. Puxando a cadeira também de argila, Alra respirou o ar puro e começou a escrever seu diário. O sol estava quente, mas a enorme árvore de carvalho fazia uma sombra refrescante e muito agradável. Era ali que ela passava boa parte de sua vida completamente isolada a escrever tudo o que lhe acontecia. Em seqüência ela enviava suas escritas por Internet para C. F. Parreira, uma conhecida do Planeta Terra que fora encarregada de escrever sua história de vida em um livro. Ambas possuíam uma transmissão mental telepática, mas a Internet favorecia o intercambio de ambas. A Srta. Parreira recebera um chip implantado pela mutante Ane, a qual morara até os vinte anos no planeta Terra e, com posse desse poder oculto, podia acompanhar toda a vida de Alra como se houvesse uma tela de televisão dentro de sua mente. Apenas usando sua concentração a Srta. Parreira assistia ao real show da vida de Alra em tempo integral e instantâneo. Esse acesso à outra vivência interplanetárias por vezes lhe deixava desconcentrada da vida real, mas acompanhar a vida de Alra era seu maior entretenimento e prazer.
Enquanto Alra escrevia, borboletas aladas feitas de luz lilás cintilante voavam ao seu redor dando-lhe boas inspirações.

... (essa história sem fim não terá continuação, pois desisti da mesma...)
* Mundo onírico