Colaboração especial no canal
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“Sendo desinibida e segura serei cada vez mais escritora, pois terei mais experiências pessoais para relatar e compartilhar através de um dos meus grandes talentos e prazeres: escrever. Quero aqui relatar as minhas vitórias, conquistas e superação de limitações ao conseguir verdadeiramente sentir-me tranqüila e autoconfiante perante as relações interpessoais”.
Estava caindo quando encontrei-me dentro da água. Estava afogando quando recobrei os sentidos e percebi estar numa piscina. Fui até a outra margem donde havia uma mulher e um menino. Eu segurava uma bola com a qual por certo devia estar brincando com esse menino. Disse que havia me dado um branco e perguntei o que eu era deles. A mulher informou-me que o menino era meu irmão, o qual era muito apegado comigo e chamava-se Tiago. Perguntei se ela era nossa mãe e ela respondeu que ela era minha mãe, mas não era mãe do Tiago, o qual estava conosco por culpa (influência) minha. Disse-lhe que eu não estava mais naquela encarnação, que eu estava num tempo muito afrente daquele, mas que algo ali acontecera e eu precisava recordar o que era, pois tal fato estava me impedindo de ter uma vida plena na minha vivência do presente, a qual acontecia num futuro bem a frente. Era como se eu houvesse voltado ao passado para entender ou sanar algum fato trágico. Ou melhor, era como se eu estivesse tanto no passado quanto num presente que, perante o passado, não passava de um futuro desconhecido. A mulher pareceu aceitar minha explicação mesmo sem entender como eu podia ter saído do futuro, mas parecia não estar disposta a falar sobre o que eu pretendia. Eu tinha claramente a sensação de que precisava saber de algo de tal vida passada. Acordei antes da mulher comunicar-me qualquer coisa. Tal sonho me fez pensar que a única diferença entre o tempo e as gerações são os acontecimentos que nos marcam, nos fortalecem ou nos fragilizam. Nunca gostei de pensar no passado, pois nele as boas lembranças causam saudade, enquanto as ruins causam tristeza. Por outro lado pensar no futuro causa medo. Dai a busca de controlar a mente ao máximo para não sair do presente. Mas com um sonho desse cabe uma interrogação: existe algo do meu passado longínquo que me sufoca e atrapalha minha vivência atual? Tenho quase certeza de que a resposta é sim, pois tudo o que vivemos hoje é consequência do ontem, mas o que terei eu vivido de tão traumático quanto pareceu ser no sonho? Vejamos os próximos sonhos.
Acabei de acordar de um sonho muito estranho e desagradável. Uma colega havia me ligado e perguntado se podia vir me visitar. Respondi que sim e ela veio, mas trouxe consigo um jovem e outras duas colegas. Ficamos a conversar na área do sobrado durante um bom tempo. O jovem me mostrou seu computador de ultima tecnologia que era muito leve e emborrachado, podendo ser enrolado para ser carregado na bolsa sem ocupar quase nada de espaço. Perguntei o preço e custava certa de três a quatro vezes mais caro do que um computador portátil normal. Continuamos a conversar. Algum tempo depois resolveram de ir embora. O jovem saiu na frente, pois ia para casa caminhando. Esperei por essa colega. Perguntei por que motivo ela resolvera me visitar e ela não deu uma explicação clara. Eu não sabia por que ela estava buscando aproximar-se de mim e ser minha amiga. Perguntei onde ela morava na intenção de lhe devolver a visita. Ela disse ser no bairro Santa Maria e então comentei que não era longe. As outras duas jovens confirmaram que ficava perto. Essa colega tirou seu carro da garagem aqui de casa e assim foram embora. Nisso chegou uma pedinte carregando um carrinho de sucatas catadas na rua. Vi mamãe dando-lhe uma sacola de roupas usadas e apoiei o fato na maior naturalidade. Logo em seguida apareceu outra colega que me abraçou e comentou no meu ouvido que a vida de casada não era tão fácil e maravilhosa quanto todas as solteiras pensam. Como não ia perguntar de cara se ela e o marido andavam brigando, perguntei se era por ter muitas novidades e ser intensa como uma novela ou se era por ficar monótona e sem graça demais. Ela respondeu a primeira opção.
Sem entender direito o que de fato se passava com ela, ia fazer-lhe mais perguntas quando chegou uma caminhonete com cinco corpos cobertos na carroceria. Em seguida veio uns homens carregando uma carroça com mais três corpos. Ao todo eram oito jovens (todos do sexo masculino) que haviam morrido e, sem mais nem menor, começaram a ser velados na porta da minha casa. Eu conhecia os jovens da igreja e fiquei chocada com o fato. Mesmo não sendo amiga deles, lidar com aquelas mortes não era nada fácil. Parentes chorando e amigos entristecidos começaram a acender velas bem na entrada do portão da minha casa. Minha irmã pareceu se irritar com isso e começou a criar briga quando eu e mamãe a trouxemos para dentro de casa. Ainda notando-a irritada, perguntei qual era a dela. Ela respondeu: “primeiro uma colega liga perguntando se pode vir visitar e depois trás consigo um grupo, agora essa multidão aí na porta”. Ela falou aquilo como como se o fato de estarem fazendo aquele velório na porta de casa fosse culpa minha, era como se eu soubesse dos detalhes de tudo desde o princípio sem ter-lhe contado nada. Respondi (num mesmo tom de autoritarismo) que existiam propósitos divinos inexplicáveis por trás dos fatos e que não cabia a ela julgar, gostar ou desaprovar. Mamãe me apoiou dizendo que eu estava tirando as palavras de sua boca. Continuei minha fala dizendo que ela estava sendo individualista e egoísta com o sofrimento das outras pessoas. Eu não sabia daquelas mortes e nem poderia ter imaginado que ocorreria, por um motivo não explícito, um velória na porta de casa, mas eu sentia muito pesar e tristeza pelo mesmo a ponto de respeitar a dor alheia sem interditar os fatos. Não era momento de confusão, mas de acolhida. Minha irmã um tanto insensível foi dormir dizendo que tínhamos de acordar cedo no dia seguinte. Enquanto isso fui vestir uma roupa mais sóbria para continuar no velório e tentar consolar os choros. Acordei chocada.
Inicialmente o número oito se destaca nesse sonho. Acreditava que estava perto de cumprir e terminar oito fases ou ciclos psíquicos de minha vida. Os vinte e seis anos (notando que a soma de dois e seis são oito) chegaria ao fim em breve quando completasse vinte e sete anos. O sonho me mostra que as oito etapas chegaram ao fim antes mesmo do meu aniversário. Coincidência ou não também é o fato de ter tido esse sonho numa madrugada de um dia oito. Estou num momento transitório de ciclo que se fecha para abertura de outro. Vale verificar que isso foi dividido em duas fases: uma de cinco, mais outra de três. Cinco é o número da mudança e da aventura. A atividade e a curiosidade constantes produzem uma entidade inventiva, adaptável e versátil, sempre disposta a aproveitar as oportunidades. O três significa a necessidade de comunicar e se submerge na pura alegria de viver. A carta oito do tarô, que saiu na leitura, é a carta da justiça, inclui provas, sofrimento e dor, bem como exige muita paciência. Esse é o meu momento de agora, independente do ciclo em si. O sonho expressa positivamente o amor, o idealismo, a conciliação e a harmonia através da carta coração. Agora me resta saber o que significa no contexto desse sonho a carta do valete de ouros. Ele busca segurança e estabilidade, apesar da pouca idade ou de ainda não ser tão maduro. É cauteloso, dá um passo de cada vez e preza muito o planejamento das coisas. Mas o fato de precisar de segurança aliado à sua imaturidade, pode fazer com que seja um tanto egoísta e por isso leve em consideração apenas suas próprias vontades. Talvez ele seja o reflexo projetivo da minha irmã interna. Ela ou ele é uma parte de mim que carrega um lado confiável, mas cheio de especulação e que ainda tem muito para aprender, seja nas amizades, no uso da tecnologia, no relacionamento conjugal e, principalmente, diante da morte que tanto assusta e apavora. Preciso unir os “cinco” aos “três”, enterrar os “oito” e partir para a vivência do “nove” com maior segurança e integridade.
Agora dei para pular corda. Pulo com as duas pernas, com cada uma de uma vez (perna esticada para frente e depois perna dobrada para trás), alternando entre ambas, abrindo e fechando as pernas, enfim, de tipos variados. O mais complicado é cruzar a corda, mas depois que pega-se o ritmo é muito divertido! Pulo batendo a corda para frente e depois para trás. Além de soar muito é cansativo e dá uma dor básica na musculatura da panturrilha nos primeiros dias. Pelo que pesquisei, pular corta é tão eficaz quanto correr, mas ainda não encontrei nada mais agradável do que a minha corridinha de cinco quilômetros do parque. Dia ou outro faço minha musculação caseira com abdominal, levantamento de peso, dança (uma dança do ventre e um sambinha sempre cai bem), dentre outros vários exercícios. É ótimo ter diversão garantida e saudável dentro de casa!