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sábado, 30 de abril de 2011

Como escrever uma história:

Parte I: No início de sua história, você começa descrevendo o personagem em seu mundo comum, na sua vida cotidiana. O Gancho é algo que aparece no início da obra e faz a história se mover (sempre mova a história) e prende o leitor a continuar assistindo ou lendo. O personagem deve ter sempre um objetivo na história. E o que o faz inicialmente ir atrás desse objetivo é um Incidente. O Incidente é evento que faz o personagem principal reagir e ir atrás de seus desejos. Quando os leitores/espectadores souberem quem é o personagem principal, onde ele está, o que ele quer e contra quais obstáculos ele irá lutar, será o momento de transição para a Parte II. O ideal é agora não haver chance de retorno do protagonista para sua antiga vida, ou seja, uma linha divisória foi cruzada. É comum esse Ponto de Transição vir acompanhado de uma cena ou imagem impactante.
Parte II: O escritor deve começar a intensificar e desenvolver os obstáculos enfrentados pelo protagonista. Deixe-o com muitos problemas. Você deve tentar convencer a audiência de que o personagem principal está em apuros e não vai conseguir o seu objetivo. Escreva cenas que estiquem a tensão, aumente o que está em disputa e mantenha os leitores/espectadores preocupados. Os Subenredos mostram outros lados da vida do protagonista, e também são utilizados para construir maior credibilidade para o mundo ficcional retratado pelo autor, dando uma dimensão de variedade e às vezes desvinculando um pouco a história do seu objetivo principal, fornecendo fôlego para a audiência. Novamente, o Ponto de Transição pode ser marcado com uma cena ou imagem impactante (impacto visual destacado). É bom salientarmos que o enredo pode ter inúmeros Pontos de Transição, ou seja, pontos de mudança na história. Porém, de todos esses pontos, o ideal é apenas dois terem grande destaque.
Parte III: O protagonista começa a decidir o seu principal problema. É sempre interessante fazer uma cena final de confronto, chamada de Clímax. Deve ser algo grandioso para o personagem, o momento de definição. A luta contra um inimigo mortal ou a simples resposta da pessoa amada. O Clímax deve ser recheado de suspense e tensões. Nunca deixe a audiência na dúvida sobre exatamente como ou porque algo aconteceu (a não ser que seja sua intenção).
Esquema:
Personagem Principal
- Personagens Secundários
- Objetivo do Personagem Principal
- Objetivo de cada Personagem Secundário
- Oposição ao Personagem Principal
- Qual o seu Tema (Moral) ?

Arquétipos para uma história...


Acabei de ler um resumo do livro 45 Masters Charactersi. Um dos processos mais comuns de criação de personagens está relacionado a utilização de arquétipos pelo autor. Basicamente, os arquétipos na escrita são modelos iniciais, contendo características básicas essenciais que formam o rascunho de uma determinada personalidade e que servem de ponto de partida para a elaboração de personagens. A utilização de arquétipos para estudar o homem vem desde Platão, o primeiro a utilizar o termo, e ganhou grande força com os estudos do psicólogo Carl Jung, que defendia a ideia do inconsciente coletivo na humanidade, ou seja, que os homens de diferentes sociedades possuem características comuns mesmo nunca estando em contato uns com os outros. Jung diz que todo ser humano tem cinco arquétipos principais (A Sombra, A Anima, O Animus, A Persona, O Eu) que se combinam formando seu caráter. Muitos teóricos, não só da narrativa, mas também da sociologia e antropologia, vão avançar os estudos dos arquétipos, buscando cada um a seu modo, definir quais seriam as "personalidades padrão" de todo homem.
Abaixo, descreverei de maneira breve os principais arquétipos definidos por Vyctoria Lynn Schmidt em seu livro. São 8 arquétipos masculinos e 8 femininos, cada um com seu "lado negro", totalizando os 32. Deixei de fora os arquétipos secundários, pois eles são apenas derivados dos arquétipos principais. É um dos melhores estudos sobre o assunto. É bom notarmos que utilizar um arquétipo de "lado negro" na escrita de um livro e obter a simpatia da audiência é uma tarefa complicada, mas que se for bem sucedida trará bons frutos para a obra. Nem todos os escritores são favoráveis a utilização de arquétipos. Um dos principais problemas na utilização desse sistema é o autor criar personagens estereotipados, ou seja, caricatos, simples, sem complexidades. Logo, um personagem realista geralmente é baseado em mais de um arquétipo, se tornando mais complexo. Devemos sempre lembrar que não há nenhuma regra rígida e que podemos criar um personagem masculino usando apenas os arquétipos femininos. Os arquétipos também são totalmente abertos a interpretações e depois do personagem pronto pode ficar difícil determinarmos o arquétipo dele! Na verdade, a minha opinião é a de que devemos estudar e praticar bastante o assunto para o processo de criação se tornar cada vez mais natural e intuitivo, sem depender de listas e classificações.
PRINCIPAIS ARQUÉTIPOS MASCULINOS:
1. O Homem de Negócios: O homem de negócios é aquele que é viciado em trabalho, vendo o sucesso como prioridade em detrimento de amizades. Geralmente é racional, utilizando constantemente a lógica, tendo necessidade de ver tudo organizado. Como passa mais tempo na sua vida profissional do que familiar, não dá um bom marido ou pai. Usa regras e ordens para evitar seus sentimentos. É o arquétipo clássico do detetive.
2. O Traidor (lado negro do Homem de Negócios): Quando o Homem de Negócios cruza os limites e passa a ter sede de poder. Só enxerga o trabalho, gosta de humilhar e manipular as pessoas, vendo-as como simples peças em um tabuleiro. Muitas vezes acredita estar fazendo o certo.
3. O Protetor: É aquele que busca proteger todos que estão em sua volta, e que deseja viver em uma redoma protegida. Pode explodir a qualquer momento e vive mais de acordo com seu corpo do que sua cabeça. Procura fazer as mulheres se sentirem especiais.
4. O Gladiador (lado negro do Protetor): É aquele que não sente prazer em proteger, mas sim em destruir, tendo ganância e desejo de sangue. Possui um comportamento altamente impulsivo e imprevisível, não se importando com nada ao seu redor. A vida pode se assemelhar a um jogo.
5. O Recluso: É o arquétipo de quem gosta de ficar sozinho, não se sentindo a vontade na presença de muitas pessoas. Pode ter uma vida interior privilegiada e um espírito criativo, que utilizado de forma exagerada leva o personagem a se perder em suas próprias fantasias. Passa horas lendo, estudando e analisando idéias, tendo como motivação o conhecimento. Seus relacionamentos geralmente são direcionados pela mulher, líder da relação.
6. O Bruxo (lado negro do Recluso): Busca o conhecimento para fazer o mal aos outros e ao ambiente, sendo altamente egoísta. O extremo do solitário, buscando evitar pessoas.
7 . O Tolo: É um homem que por dentro ainda é um menino, tendo um ótimo relacionamento com crianças pois possuem várias semelhanças. Ama piadas, e faz amigos por onde passa. Muitas vezes age com inconsequência, pois está sempre buscando viver o agora, sendo um espírito livre. Adora ser o centro das atenções.
8. O Abandonado (Lado negro do Tolo): É o mendigo, vagabundo ou ladrão que fica nas ruas. Geralmente é o homem da lábia que convence e manipula. Se os seus pais forem de uma condição social elevada isso pode ser um grave problema, pois se torna arrogante e acha que está acima da lei.
9. O Homem das Mulheres: Ama as mulheres e qualquer coisa relacionada a elas. Possui fortes amizades femininas e enxerga a mulher como igual ou superior, vendo extrema beleza em todas elas. Muitas vezes não se dá bem com homens mas não liga pra isso. Pode ser afeminado ou não.
10. O Sedutor (lado negro do Homem das Mulheres): É aquele que vive para arruinar a vida das mulheres. Pode possuir obsessão em relação a uma mulher que não lhe dá atenção e gosta de destruir corações, pisoteando sentimentos após a conquista.
11. O Messias Masculino: Aquele que possui uma forte causa, muitas vezes divina. Pode ter características andrógenas e absorver facilmente qualquer outro arquétipo.
12. O Justiceiro (lado negro do Messias Masculino): Sua palavra é a lei, porém não é um vilão no sentido de ganhos pessoais pois acredita que está fazendo o melhor para seus seguidores. Gosta de quebrar o ego das pessoas e humilhá-las para depois convertê-las.
13. O Artista: Está sempre em contato com suas emoções, canalizando-as para algo criativo, mas muitas vezes não as controla, podendo explodir, afetando quem estiver em sua volta. Não é bom administrador e depende de alguém para ajudá-lo. Geralmente é inseguro e demonstra constantemente sua insatisfação, se importando com o que os outros pensam dele.
14. O Abusado (Lado negro do Artista): Quando o Artista não consegue controlar suas emoções se tornando uma pessoa volátil e extremamente vingativa, ultrapassa todos os limites descontando sua frustração em todos ao redor. É o homem que espanca a mulher e logo em seguida envia flores com pedidos de desculpa.
15. O Rei: É aquele que necessita de um "reino" para controlar. Geralmente é um político ou um chefe, vivendo em excesso. Ama dominar. Não consegue enxergar todo o problema e ignora os detalhes e as emoções. Quando fracassa busca preencher o vazio com bebidas e sexo.
16. O Ditador (lado negro do Rei): Quando a vontade de dominar se torna uma obsessão e o personagem passa a desejar mais e mais controle sobre seus subordinados, querendo ser um semideus e controlar o destino e vida dos outros. É capaz de fazer leis sem sentido apenas para demonstrar seu poder, e pode ser passivo-agressivo, geralmente deixando a pessoa cometer um erro para depois puni-la.
PRINCIPAIS ARQUÉTIPOS FEMININOS:
1. A Musa Sedutora: Mulher forte que sabe o que quer, de sexualidade aberta. Gosta de ser o centro das atenções, mas teme a rejeição.
2. Femme Fatale (lado negro da Musa Sedutora): Usa suas qualidades, geralmente físicas, para controlar e manipular os homens. Seu corpo é uma arma.
3. A Amazona: É a feminista, que possui um lado masculino tão forte quanto o feminino. Geralmente é apaixonada pela natureza e é selvagem, valorizando a liberdade. Prefere amizades femininas, mas por muitas vezes afastar as mulheres acaba tendo mais amigos homens.
4. A Górgon (lado negro da Amazona): As Górgons na mitologia grega são as monstras com garras que transformam os seres vivos em pedra apenas com o olhar. A medusa seria uma górgon. É uma mulher agressiva, que age como uma ditadora e faz qualquer coisa para ajudar outra mulher. Possui uma fúria cega e insana.
5. A Filha do Pai: É a mulher que luta para ser igual um homem, e provar que é tão boa quanto um (diferente da Amazona, que luta pela mulher e não se importa em se encaixar no mundo masculino). Sempre argumenta contra a causa feminina e fica ao lado dos homens, querendo ser "um deles". Vê as próprias mulheres como um sexo frágil.
6. A Traiçoeira (lado negro da Filha do Pai): Atropela os outros para atingir seus objetivos e quer chegar ao topo a qualquer custo, utilizando para isso sua inteligência. Se sente totalmente devastada por não poder fazer parte do grupo masculino que parte para a vingança.
7. A Cuidadora: É a mulher que tem o senso de obrigação de cuidar de alguém, colocando sempre os outros na sua frente. Geralmente possui uma profissão médica e normalmente não se importa muito com a moda e nem com a beleza (geralmente sua beleza está escondida). É o arquétipo da mãe e esposa protetora, mas que possui muitas fragilidades.
8. Mãe hiper-controladora (lado negro da Cuidadora): Quando o desejo materno de proteger foge do controle. É a mãe que envenena o filho para poder depois cuidar dele. Provavelmente raptaria uma criança só para poder cuidar dela. É a mestra em infligir e impor culpa nos outros, apenas para que esses não saiam de casa e fiquem sob seus "cuidados". Pode estimular um complexo de inferioridade no filho. Pensa que os outros não podem viver sem ela quando na verdade ela é que não pode viver sozinha, exagera quando está machucada ou tem alguma necessidade, se fazendo sempre de vítima.
9. A Matriarca: É a mulher que está no comando, muito forte, e comprometida, fiel e amorosa. Faz tudo para sua família e exige respeito. Nunca abandona a família e é a esposa perfeita e devota. O seu momento mais inesquecível é o dia do seu casamento.
10. A Desprezada (Lado negro da Matriarca): É a mulher que sofre abandono pela família mesmo fazendo de tudo por ela. Pode fazer de tudo para recuperar seu marido e o comando da situação, sempre achando que seu casamento tem solução. Se o marido tem uma amante, a culpa é da amante e não dele.
11. A Mística: É a mulher de paz e misticismo, que ama ficar sozinha com seus pensamentos. Tem uma mente forte e escolheu uma vida espiritual ao invés de casamento ou desejos terrenos. É um espírito livre que vive em seu próprio mundo.
12. A Traidora (lado negro da Mística): É a velhinha que envenena o marido, onde por trás de uma aparência bondosa se esconde grande maldade. Acredita que ninguém verá o seu lado verdadeiro. Geralmente causa enorme decepção para as pessoas em sua volta quando estas descobrem a verdade.
13. O Messias Feminino: O Messias é o arquétipo de um andrógeno, e as versões masculinas e femininas são praticamente idênticas. São personagens que tem uma forte causa relacionada a um grupo amplo de pessoas. Essa causa não precisa ter necessariamente conexão com algo divino. Pode facilmente conter outros arquétipos. Tem uma força interior que nunca morre e sempre se sacrificará pelos outros.
14. A Destruidora (lado negro do Messias Feminino): Não é uma vilã no sentido simples do termo. É uma vilã no sentido de proteger a qualquer custo o bem maior (como jogar bombas atômicas para acabar com a Guerra). Vê o mundo em preto e branco e muitas vezes provoca mais malefícios do que bondades. Humilha a pessoa para depois convertê-la a sua causa.
15. A Donzela: Vive uma vida charmosa e alegre e não se preocupa com problemas dos dia-a-dia. É uma mulher que corre muitos riscos pois se acha invulnerável. Dificilmente se estressa. Pode ser uma mulher nos 40 que ainda age como uma garotinha, e no fundo não quer crescer, vivendo em um mundo onde casamento, filhos e responsabilidade não ocupam um lugar de destaque. Gosta de depender dos outros e adora variedade e festas.
16. A Adolescente problema (lado negro da Donzela): Mulher fora de controle, obcecada com festas, drogas, sexo e fazendo tudo em excesso. Nunca aceita a responsabilidade pelos erros cometidos e não possui moral e ética. É depressiva, egoísta e invejosa. É irresponsável e se acha acima da lei.
Bem, da leitura é isso.
iSCHMIDT, Victoria. 45 Master Characters. Ed. F & W Publications, 2007

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pequenas novidades...


Acordei bem cedo para assistir o casamento real do Príncipe William com Catherine Middleton. Confesso que houve momentos em que fiquei engasgada. Para uma conservadora como eu, a pompa da realeza dentro de seu rigorismo acaba sendo um sonho de consumo. De novidade tenho a relatar que estou usando a técnica de relaxar a língua antes de dormir. A técnica é recomendada pelo médico Dr. Richard Shane, membro da Academia Americana de Medicina do Sono. Segundo ele, precisamos relaxar para dormir. Quando estamos tensos, pressionamos a língua no céu da boca inconscientemente. Tirar a tensão desse músculo ajuda a descansar também a cabeça, o pescoço e até o tórax. Além disso, existem noites (como para acordar hoje) em que eu pareço simplesmente não ter sonhado. Alguns dizem que é impossível não sonhar e, quando temos essa impressão, é por que em verdade não nos lembramos dos sonhos. Outros dizem que, quando há essa sensação de não sonhar, é por que sonhamos com o nada, o vazio do vácuo. E há ainda quem acredite sim no fato do ser humano poder não sonhar. Não obstante, pode acontecer da pessoa acordar antes de chegar ao estágio dos sonhos. Experiências feitas mostraram que as pessoas que ficavam, durante uma semana, tendo suprimidas apenas as suas fases do sonho, que acontecem no quinto estágio do sono, ficaram com um humor péssimo, tiveram dificuldade de concentração e mostraram grande dificuldade em tarefas que exigiam atenção e concentração. Daí a importância de ter horário certo para dormir e manter uma quantidade de horas de sono que seja relaxante ao organismo. Por hora, é isso.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Terapia da imagem reversa...


Preocupados com o impacto dos pesadelos no cotidiano, os médicos
estão procurando ampliar o leque de recursos contra o problema. Hoje, uma das
opções que ganham força entre os especialistas é a chamada terapia de imagem
reversa. Trata-se de uma técnica que consiste em fazer com que o paciente
enxergue o pesadelo de outra maneira, menos assustadora, e dê a ele um outro
significado
. É o oposto do que preconiza a abordagem mais antiga, baseada na
discussão profunda e detalhada dos sonhos, numa busca por razões psicológicas
que possam estar por trás dos episódios. “Percebemos que, em muitos casos,
quanto mais se fala do assunto, mais se firma a imagem negativa e apavorante”,
explicou à ISTOÉ a pesquisadora Shelby Harris, do Departamento de Neurologia e
Psiquiatria do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos.
Por
isso, o que os especialistas propõem é que, durante a terapia, o paciente
mencione o pesadelo apenas uma vez. “Depois, ele deve reescrever o roteiro do
sonho”, disse Shelby. Esta transformação é feita com um treinamento
adequado.
O paciente é orientado a praticar técnicas de visualização
esmerando-se nos detalhes: ele deve se imaginar numa praia ou saboreando um
hambúrguer, por exemplo, mas enxergando na mente as cores, o lugar. Tudo para
limpar o cérebro do teor e da sensação ruim deixados pelo sonho. Em seguida, o
indivíduo é convidado a mudar a história do próprio pesadelo, tornando- o muito
mais leve e inofensivo.
Segundo a pesquisadora americana, a chave para que a
estratégia dê certo é o treino diário da visualização e da mentalização do
pesadelo inteiramente modificado. “Este treino pode mesmo mudar o que acontece à
noite, durante o sono.”


Em geral, são necessárias de três a quatro sessões para
que o paciente aprenda a técnica. De acordo com os resultados obtidos, cerca de
70% das pessoas manifestam melhora. Isso pode ser desde o fim dos sonhos ruins –
ou a diminuição significativa da frequência com que eles acontecem – até o
desenvolvimento da habilidade de mudar o pesadelo quando ele está acontecendo.
Na opinião do especialista Barry Krakow, diretor do Sleep & Human Health
Institute, também nos Estados Unidos, o método tem eficácia porque responde a um
anseio dos pacientes. “Eles querem transformar os pesadelos em algo sob
controle”, disse à ISTOÉ.

Na
avaliação dos especialistas, outra razão para o sucesso da técnica – disponível
no Brasil – reside no fato de o treinamento quebrar um ciclo negativo no qual o
paciente pode ter se envolvido. “Em muitos casos, os pesadelos acontecem porque
o cérebro se acostumou a um padrão em que os sonhos são sempre ruins”, explicou Shelby. Com a terapia reversa, é como se o cérebro apagasse o padrão antigo e o
substituísse por um novo, em que os sonhos são realmente sonhos.

fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/19236_O+FIM+DOS+PESADELOS

Eu e meus sonhos...






O interessante de analisar os sonhos é que, quando não me
recordo dos
mesmos, fico durante todo o dia com o sentimento de estar
faltando algo.
Escrever os sonhos é um complemento de tudo o que escrevo
sobre minha vida, meus
sentimentos e pensamentos. Quem tem o costume de
escrever sabe o quanto esse
hábito é libertador! Ao escrever o que penso,
percebo e sinto, muito da angústia
é compreendida. E, claro, diminuída.
Creio que falar nunca terá um efeito tão
libertador quanto escrever. Aprendo
muitíssimo com os sonhos. É sempre
importante ficar alerta para o que não
estou percebendo e os possíveis efeitos
perigosos caso persista num
determinado comportamento, numa atitude diante da
vida. A mudança de
hábitos, compreendendo o que estou criando, e alterando o
jeito de me
comportar, tem efeito visível tanto na vida prática quanto na
onírica. Esse
diálogo entre consciente e inconsciente por vezes possui uma
clareza
maravilhosa. Impressionante o quanto uma decisão consciente, com a sua
respectiva postura diante dos eventos cotidianos, gera uma retratação no
inconsciente. O conteúdo inconsciente se molda nos sonhos, retratando o que
o
consciente está fazendo, e vice-versa. Para perceber esse intercâmbio,
esse
relacionamento consciente-inconsciente, é fundamental anotar os sonhos
e
constantemente lê-los, tentar decifrá-los, tentar enxergá-los na prática,
na
vida diária. Sonhar é maravilhoso por compensar o que não consigo viver
no
presente e, melhor que isso, por mostrar-me que posso sim viver o mesmo
num
futuro se fizer o esforço necessário para transformá-lo em realidade. Os
pesadelos dão conhecimento dos sentimentos reprimidos, dos defeitos
mascarados,
dos medos ocultos que tanto influenciam o dia a dia. Sejam bons
ou ruins, os
sonhos ensinam sempre. Vejo inclusive haver uma conotação
simbólica com
realidades futuras, pois conforme vou vivendo vou lembrando de
sonhos passados e
vejo essa relação do tipo fatalista. Claro que para
decodificar essa linguagem
simbólica é preciso disposição para analisar,
escrever, se atentar a tudo o que
nos envolve e, principalmente, ao nosso
comportamento perante o entorno. Mas,
sem dúvida, tudo isso é muito
válido!

domingo, 24 de abril de 2011

Sonho de união entre animus e anima...


Eu estava na escola e conversava bastante quase como num monólogo enquanto expressava os meus pensamentos. Tinha uma garota perto de mim e era como se eu estivesse conversando com ela e comigo ao mesmo tempo. Eu me sentia super estranha por estar falando tanto, por dizer alto os meus pensamentos. Pensava que todos iam estranhar o fato de eu estar tão conversadeira, praticamente não mantendo nenhum silêncio. Pensei que o professor fosse me chamar a atenção por causa da conversa, mas assim que ele terminou de escrever na lousa e foi para o lado da porta, próximo de onde eu estava sentada, comecei a dialogar com ele fazendo-lhe perguntas. Era como se houvesse em mim uma grande necessidade de falar, como se estivesse pela primeira vez escutando minha própria voz entremeio a um local com outras pessoas. Existia sim esse fascínio de estar conversando, ouvindo meu som verbal. Daí dizer que eu parecia falar comigo mesma em primeiro lugar, pois a cada fala, mesmo que solta e desconexa, eu sentia um prazer instantâneo. Era como se minha boca fosse uma extensão básica dos meus pensamentos, uma situação um tanto magica para quem resguardadamente nunca revela aquilo que vai em mente.
As cartas de tarô disseram-me que está sendo solidificada uma união interna que proporciona equilíbrio entre anima e animus. Conversar com o professor me concedia o mesmo nível de autoridade dele, ou seja, se enquanto aluna precisava manter a regra do silêncio, conversando com ele eu conseguia quebrar essa regra. Esse professor assumindo a personificação de Mateus, mostra que está havendo uma maior flexibilidade de minha parte (anima) para ser aprendiz. Fica visível um benéfico recuo feminino. E mesmo sendo flexível para me permitir estar nesse posto de aluna, ainda assim apareço com uma feminilidade que quer estar no mesmo nível do educador masculino (dois de copas). O sonho enquanto compensatório é uma maneira de recuperar desejos sufocados e podê-los contemplar, vivenciar, mesmo que psiquicamente. É uma forma de aprender a me relacionar e comunicar com naturalidade (cinco de espadas).
A anima tem dois aspectos: o positivo e o negativo. Ela faz referência a todas as mulheres projetivas da vida de um homem. No aspecto negativo é quando o homem revela sua vaidade de maneira exagerada, expressando-se de maneira explosiva e mostrando-se com o humor alterado. No aspecto positivo é quando a anima do homem demonstra por meio de atitudes sua sensibilidade, expressando a sensualidade, calma e carinho. O animus tem a mesma característica que a anima, representando os aspectos masculinos no inconsciente da mulher, tendo por trás todos os homens projetivos da vida desta. Esse arquétipo refere-se ao padrão de homem que a mulher pretende encontrar. No aspecto negativo o animus revela-se em uma mulher pela maneira rígida e autoritária em se comportar, pela inflexibilidade de opiniões e com a intelectualidade indiferenciada. No aspecto positivo, o animus manifesta-se na mulher de maneira criativa, funcionando como intermediário entre a consciência e o inconsciente e atribuindo atitudes de confiança e de força intelectual. Jung dizia que enquanto o homem deve buscar a anima, ao contrario disso, a mulher deve resistir o animus, para não ser dominado por ele. Isso porque em nossa cultura, há uma valorização do masculino, o que favorece uma identificação com o animus. Assim, a mulher deve resistir ao ímpeto do animus dialogando com ele para não perder a sua identidade feminina. É basicamente isso o que fiz no sonho!
Nessa busca o sonho indica a necessidade de manter lealdade comigo mesma e com os outros mostrando os meus sentimentos de forma tranquila (valete de paus). Existe uma naturalidade no desenvolvimento emocional (sol cigano). A tendência é de progresso, bem-estar, completude, sorte e felicidade (rei de ouros). O tempo é o grande aliado para propor mudanças e fazê-las acontecer, seja de forma drástica ou severa. De certa forma creio que essas mudanças já estão acontecendo, mesmo que de maneira intra-psíquica e ainda imperceptível no meio externo.