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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Eu em primeira instância!


“Olá para todos! Tenho andado displicente na busca de novas amizades, mas confesso que não sei o que fazer. Tenho vida caseira e não acho interessante (nem tenho vontade) de sair pela rua fisgando pessoas para desafiar minha enorme vontade de ser desinibida e segura. Enquanto não tenho resultados concretos e positivos, vou apenas dialogar sobre o tema a fim de me preparar e fortalecer-me para quando a vida me der oportunidades de estar frente a frente com alguém que possa vir a ser um novo amigo(a). Uma cena que sempre invejei são os cumprimentos calorosos com abraços ao invés de um ‘oi’ com um simples sorriso (o máximo que geralmente conseguia fazer*). Para os bem desinibidos e acostumados a muitos abraços isso deve ser banal, mas para mim sempre foi apenas um desejo interno. Acho que é muito comum os tímidos serem tratados com um pouco mais de frieza e passei muito por isso. Mas receber um cumprimento menos caloroso do que as demais pessoas não quer necessariamente dizer que o outro goste menos de nós. O jeito de agir, falar e se mexer (a linguagem corporal) de um tímido transmite para os outros que ele não está muito a fim de contato, principalmente se este for mais caloroso. Portanto, ao encontrar alguém conhecido sinta-se à vontade. Tente sentir de verdade e não apenas transparecer uma sensação de bem estar. Todos gostamos e desejamos ser abraçados e, por isso, devemos expressar esse desejo na vontade de cumprimentar o outro abraçando-o também. Vá para o abraço sem pestanejar na possibilidade de que o outro ia apenas te estender a mão ou falar um ‘oi’ vazio. Se o outro não queria ou não tinha intenção de lhe abraçar, azar o dele. Não se permita sentir menosprezado por não ter sido abraçado mediante um cumprimento ou em qualquer situação da qual tenha vontade de receber um abraço. Portanto, tenha a atitude de buscar o abraço abraçando. Muitas pessoas deixam de abraçar os tímidos por notar que eles ficam constrangidos com situações de maior intimidade. Portanto, não o fazem por mal. Não deixe as pessoas te perceberem nesse estado de constrangimento apenas pela troca de um afeto. Tome o hábito de cumprimentar as pessoas com um pouco mais de energia e sorriso, pois isso encanta, contagia. Você vai ver que não é tão difícil e elas retribuem.
Em todo caso, em muitas situações não cabe abraços, mas é importantíssimo cumprimentar da forma como convier. Não aproveite o fato do outro não te ver ou não te dar muita importância para passar despercebido. Tente se fazer ser notado com sua presença, mesmo que essa seja passageira. Não perca a oportunidade de dizer um cumprimento e deixar um sorriso para trás. Quando se sentir incomodado com sua própria fala, lembre-se que existe um conceito negativo em relação aos introvertidos, pois ache certo ou não, isso mundialmente está associado à fragilidade, insegurança, egoísmo e baixa-estima. Além disso, muitas vezes passei a imagem de tola e surpreendi muitas pessoas ao demonstrar que ser inteligente não tem nada a ver com ser extrovertida. A timidez vence sempre no território onde existe medo e onde se vê super valorizada. Ela assume o poder quando achamos que não somos capazes de derrotá-la. Vencer a timidez é um processo de crescimento difícil e doloroso, pois envolve passar por situações complicadas. É como se sentir completamente nu e plenamente vulnerável. Mas daí, entre tanta vulnerabilidade, conserve em mente e repita para si mesmo: ‘a minha responsabilidade é com o meu coração e não com as outras pessoas no mundo’. Seja vulnerável apenas ao seu coração!
Milhares de vezes eu tive de lembrar-me que precisava agradar a mim mesma e não aos outros, que era preciso dizer e falar aquilo que eu queria e não aquilo que os outros queriam que eu fizesse ou falasse. Foi assim que comecei a valorizar meus pensamentos, vontades e atitudes. É assim que me tornei livre para pensar, dizer e agir. Quando falo não o faço para ser sábia, ter razão, ser manipuladora, dominar a situação ou ser bem-quista. Tudo o que falo e faço tem uma única finalidade: me fazer feliz, me fazer sentir bem comigo mesma. Se, em segunda instancia, isso agradar o outro, será pura coincidência. Pensar em mim mesma em primeira instância não é egoísmo, pois cada um tem que ser feliz por si próprio se não quiser se perder numa vaga e eterna insatisfação. Pensar nos outros antes de pensar em si não é um ato de altruísmo, mas sim de masoquismo, ou quiçá de covardia e hipocrisia. Deixe de lado as máscaras (muitas vezes exigidas pela sociedade) ou roteiros ensaiados. Se esforce para se apaixonar todos os dias por si próprio ao se libertar de conceitos castradores. Se permita ser sociável, amável e firme. Troque os questionamentos ‘o que vão pensar de mim?’ ou ‘será que estarei agindo corretamente?’ por ‘vou me sentir mais feliz?’. Se a resposta (embasada na sua própria moral) for sim, não pense mais nada, apenas execute sua vontade. Portanto, ame ser o que é e o seja sempre! Você vai descobrir que é muito mais do que pensa que é, mas só não o era por se policiar demais pensando nos outros e não em si. Seja feliz intensamente vivendo o seu momento presente, até porque, ele é o seu melhor presente da vida... e, sobretudo, sinta-se grato por tudo’.
* Poderia utilizar o tempo verbal no presente, mas por estratégia própria utilizarei no pretérito. Nisso cabe dois itens que se juntam numa única frase: 1.Preciso me sentir sendo o que desejo ser; 2. Para consegui-lo ser de fato. Essa é a melhor forma que até então encontrei e, mesmo sendo difícil, é infalível. A explicação igualmente se divide em: 1.Vendo e sentindo um problema resolvido; 2. É mais fácil atuar na sua resolução.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Crianças são grandes exemplos...

“Hoje, quando fui ao Uai buscar remédio com minha mãe, tive o presente divino de visualizar uma cena que me serviu de exemplo de vida. Primeiro chegou uma mulher com duas crianças loirinhas, lindas e muito bem vestidas. A mais nova devia ter uns dois anos e a mais velha por volta de uns três e alguma coisa. Numa distância de umas cinco cadeiras estava uma outra mulher com um menino no colo que devia ter uns oitos meses. A menina loirinha mais velha aproximou-se dessa mulher e começou a bater o maior papo com ela e a brincar com o menino. Nisso chegou no local uma outra mulher com uma menina de cabelos castanhos que devia ter seus quatro anos, usando óculos ‘fundo de garrafa’ e um visual mais simples. Esta deixou a mãe numa cadeira a cerca de uns dois metros e foi entrosar-se com a menina loirinha. A primeira coisa que ela fez ao aproximar foi perguntar a menina loira como ela se chamava. Parecendo ressabiada a menina loira olhou para a outra da cabeça aos pés e não respondeu. A outra insistiu em saber e perguntou de novo. A menina loira voltou a olhar a outra sem querer dar atenção e tentando disfarçar continuou conversando com a mulher que segurava o menino e não respondeu.
Nesse momento tive dó da menina de óculos e pensei que, se fosse eu, algo que por certo não teria acontecido uma vez que não tenho coragem de chegar em ninguém para fazer amizade, ia sair de cena e tristemente me sentir uma rejeitada. Mas para minha surpresa a menina de óculos permaneceu insistente e perguntou para a mulher que estava segurando o menino qual era o nome da menina, mas ela não sabia. A menina de óculos incansavelmente voltou a questionar a outra qual era o nome dela, mas esquivando-se a menina loira foi saindo de fininho e indo para perto de sua mãe. A menina de óculos ficou olhando a outra se afastar devagar e tive mais pena ainda dela. Mas eu estava enganada com minha compaixão, pois não foi preciso contar até cinco que a menina de óculos aproximou-se outra vez e, me surpreendendo, perguntou para a mãe da menina loira como esta se chamava. A mãe respondeu e, não satisfeita, ela perguntou qual era o nome da mais nova. A mãe tornou a responder e, então, ela olhou bem para a mais velha e comentou: ‘Eu perguntei isso para ela, mas ela não quis me responder’ e olhando para a mãe da menina questionou ‘porquê?’. Sem graça escutei a resposta: ‘não sei’ com um ar de falsa dúvida. E dali a menina de óculos não saiu enquanto a outra não aceitou conversar com ela. Eu achei a cena incrível! Parecia uma cena de novela ensaiada a me mostrar um monte de lições que resolvi enumerá-las:
1. Aproximar-me de alguém com intuito de fazer uma nova amizade é super normal, humano e fácil, basta ter coragem, ser desinibida e segura de mim. Ter amigos não é algo sumamente necessário, mas é importante e faz parte da vida.
2. Não devo me permitir ser ou sentir rejeitada, desapreciada ou vítima de preconceito na primeira encarada que alguém me fizer de cima a baixo com ar de desdenho. Não devo me sentir triste ou frustrada se o outro não me quer por estar ressabiado ou incomodado com minha presença, se não me aceita ou não gosta de mim. Devo colocá-lo na ‘saia justa’ e forçá-lo a me respeitar, me tolerar e, com certeza, a me admirar exatamente por eu ter ‘virado o jogo’. Devo ser direta e clara ao demonstrar que o outro está sendo o vilão da história com seu desprezo.
3. Devo insistir em ser amiga, elogiar, tentar agradar sendo sincera e, assim, derrubar as barreiras do outro.
4. Não devo me importar em ser chata e inconveniente, pois num segundo momento eu poderei não o ser, uma vez que já quebrei a resistência do outro no primeiro contato. Isso já me aconteceu algumas vezes: eu qualifiquei mentalmente várias pessoas de serem inoportunas e inconvenientes por insistirem em querer conversar e fazer amizade comigo. No final o coleguismo acabou surgindo por trás de uma admiração da minha parte em verificar que o outro fez questão disso.
5. Como não gosto de ser questionada e geralmente não tenho muito assunto para conversar com os outros, uma boa estratégia é ser a questionadora e incitar o outro a ser o maior orador do diálogo. No final o outro vai me achar uma boa ouvinte e, afinal de contas, todos gostam de atenção. Mais um ponto a meu favor em beneficio da amizade.
6. Se de todo jeito eu não conseguir uma nova amizade, não devo me preocupar ou entristecer, pois não perdi nada com isso, uma vez que ninguém perde aquilo que ainda não tem.
É assim que pretendo me desafiar trocando minha timidez e insegurança para ser desinibida e segura. Espero conseguir aos poucos fazer novas amizades por esse mundo sem fim... torçam por mim!”