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quinta-feira, 17 de junho de 2010

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“Olá! Hoje acordei logo cedo sentindo-me péssima e a insatisfação de minha mãe mediante a velhice fez-me sentir uma derrotada. Sei que ela está idosa com seus sessenta e quatro anos, mas por vezes ela exagera fazendo disso uma pressão psicoemocional para cima de mim. Por ela dizer-se velha e sem forças, tudo se transforma em problema e, o principal deles, é o fato dela não me julgar capaz de lhe dar assistência. Eu faço o que posso e mesmo assim assumo que deixo a desejar por ainda ser infantil e imatura. Mediante meu estado sensível, chorei e, tentando desfocar a mente das conturbações mentais, fui limpar a casa e lavar algumas roupas. Isso ajudou-me a não ficar apenas remoendo um monte de pensamentos infelizes e destorcidos. Quando estou mal, agoniada, nervosa ou triste, sinto necessidade de um exercício, uma atividade física, um trabalho, seja ele qual for. Ao mesmo tempo em que sentia uma enorme dor emocional, me penitenciava por saber que existem sofrimentos e dores bem maiores do que a minha. Daí eu sofro por mim e pelo mundo inteiro, por todas as moléstias, imperfeições e negatividades. Geralmente é isso o que acontece: pareço puxar a fragilidade humana universal para cima das minhas costas e, nessas situações, nada melhor do que rezar bastante. Foi o que fiz: rezei por mim como se toda a dor do mundo estivesse em meu peito, como se muito distante todo o universo estivesse das luzes divinas misericordiosas. Em ocasiões do gênero eu me sinto menor que um grão de areia na infinitude de uma praia, mas ao mesmo tempo sei que tenho meu valor, que tenho quem me ama incondicionalmente, que consigo ser otimista, confiante e feliz independente das intempéries da vida. Sou tão grata a ponto de sentir-me culpada por tudo de bom que vivo e sou, pois julgo-me não merecedora de tanto. Sei que esse auto-desmerecimento é uma tolice, um erro, mas a principio acaba sendo autômato. Ainda bem que a compreensão divina aceita as minhas imperfeições e ignorância muito melhor do que eu. Um dia, demore o quanto for, eu vou sentir-me vitoriosa ao olhar para esse passado que hoje é o meu presente. Paciência incansável e fé é o que preciso ter. Como diz 'Ameth', minha luta não vai ser tratada com descaso e minhas boas intenções não vão ficar perdidas. Tempo virá em que tudo será diferente. Isso é o que tenho a escrever-te por momento. Beijos e até breve”.

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